[Na madrugada de 2 de novembro – após a ação de independência por parte de uma deputada, ficando o governo com 152 assentos no Parlamento, um a mais que o necessário para obter a maioria de votos, e depois de um conselho de ministros a noite – o primeiro-ministro da Grécia anunciou a decisão do governo de realizar um plebiscito dentro de três meses e meio. Quer se trate de um truque, uma farsa, um golpe de publicidade ou realidade, os fogos de artifício lançados pelo primeiro-ministro têm uma natureza pacificadora e de “combate a incêndios”. Publicamos a seguir a tradução de uma entrada sobre o assunto, postado em www.occupiedlondon.org.]
A notícia chegou: pela primeira vez desde o fim do regime militar da ditadura em 1974, o governo grego vai realizar um plebiscito para ratificar o acordo de pagamento da dívida. Muitos estão surpresos: porque arriscar de um arranjo feito, por que dar às pessoas uma voz, arriscando tudo?
O Poder não chegou a esta decisão levianamente. No entanto, a decisão de um referendo, neste momento, poderia ser um dos últimos bastiões contra um ruído que parecia tornar-se uma revolta popular incontrolável. Por um lado os desfiles militares em 28 de outubro se converteram em desfiles de raiva; por outro lado, a implantação de uma faixa com lemas políticos se estendendo nos estádios de futebol na Grécia. Muitos acordaram em muito pouco tempo.
O plebiscito é a última tentativa desesperada do Poder de recuperar o controle, de afastar o “fator decisivo” das ruas e conduzi-lo de volta aos mecanismos de segurança e conforto da democracia burguesa. “Você concorda?”, “Você não concorda?”. Claro, isso não importa, basta falar com a gente!”
Para a Ordem política, vendo seu discurso desmantelando-se nas ruas, a imagem da fúria crescente de muitos rebelando-se contra ela coletivamente deve ser aterrorizante. Seus agentes têm jogado a isca da promessa de um presente, para parar os urros. O truque irá funcionar?
agência de notícias anarquistas-ana
tordos em bando
nuvens viúvas
acima dos montes
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!