Entre os dias 11 e 14 de novembro, aconteceu a 2ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre (RS), com debates, palestras, oficinas, apresentações teatrais, música, vídeos, e exposição de livros e materiais libertários. A abertura da Feira aconteceu no espaço libertário Moinho Negro na noite do dia 11, com uma festa regada a cerveja artesanal produzida por companheiros de Porto Alegre, e apresentação de Animinimaldita (projeto que une voz, violão, vídeo e debate), Front Liberdade e Rima (anarcorap) e Minininha Pirracenta.
A presença de pessoas de diversas partes – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, entre outros -, propiciou dias intensos de troca de experiências, contatos e idéias, e muitas das atividades que ocorreram durante a Feira foram propostas por pessoas de outras localidades. Em relação à primeira edição da Feira, do ano passado, foi perceptível um grande aumento da participação e apoio de pessoas vindas de outros lugares e isso se refletiu diretamente na quantidade e diversidade das temáticas discutidas nos debates e oficinas.
As atividades se dividiram entre os espaços Moinho Negro e FAG (Federação Anarquista Gaúcha), enquanto a exposição e venda dos livros acontecia em frente ao espaço da FAG, na Travessa dos Venezianos, com bancas de materiais de grupos como a editora Deriva, Imprensa Marginal, Imaginário, Ativismo ABC, FAG, MAP-SP, entre outros. A rua foi ocupada ainda por apresentações teatrais da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela, Grupo Tia e FAG.
Embora algumas das atividades do cronograma que foram inicialmente propostas tenham sido canceladas pelo fato de alguns proponentes que viriam de outros Estados não terem aparecido, novas propostas surgiram no decorrer da Feira. Durante os três dias aconteceram oficinas de saúde feminina; yomango; autonomia do corpo; exibição do documentário “Sagrada Terra Especulada” e debate sobre o Santuário dos Pajés (DF); debate sobre gênero; espaços libertários; o punk e a contribuição para o anarquismo; movimento squatter; anti-fascismo na atualidade; anarquismo e prisões; bate-papo com as editoras libertárias; luta libertária na Europa no contexto atual; apresentação do livro “Culturas de Resistência – Anarquistas e Anticlericais em Santa Catarina” e do editorial “Mas que Palabras”; geografia e pensamento libertário; análise conjuntural de 9 anos do PT no governo, rearticulação das organizações de direita e estratégias de luta libertária neste contexto; entre muitos outros temas. Alguns dos debates foram transmitidos ao vivo pela rádio Cordel Libertário.
Ainda como parte das atividades da Feira, a noite do dia 14 fechou a jornada com o festival Dissidência Musikfesto no Entrebar, que mantendo a característica presença de companheiros de diversas partes, contou com apresentação das bandas Gracias Por Nada (Brasília), Nieu Dieu Nieu Maitre (Curitiba), Revolta Popular (São Paulo), Ferida (Porto Alegre), Conduta Destrutiva (Porto Alegre), Vapaus (Porto Alegre), Front Liberdade e Rima (Porto Alegre) e Digna Rabia (Porto Alegre).
Dando sequência às Feiras do Livro Anarquista em outras regiões, já está programada a 2ª Feira de São Paulo, em dezembro deste ano, e companheiros de Florianópolis estão articulando a organização de uma feira local para o ano que vem.
por Imprensa Marginal – Editora e Distribuidora Anarcopunk
agência de notícias anarquistas-ana
no outono nos separamos
como as duas conchas
de uma ostra
Matsuo Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!