Em 15 de dezembro, a professora Johanna Fernandez visitou Mumia Abu-Jamal na nova prisão. Descreveu em uma carta aberta que até agora ele continua recebendo suas visitas através de um plexiglass [janela de vidro], mas espera-se que isso mude com sua colocação proximamente na População Geral.
Ele foi transferido para a nova prisão em 14 de dezembro às 4 da madrugada em um veículo fortemente blindado, todavia apesar da aparência “desumanizante” do veículo, “desfrutou a ocasião para ver os cavalos, vacas e as belas paisagens durante a viagem de 7 horas”.
“Mumia narrou os últimos dias como um “turbilhão louco”. Na sexta-feira passada ele demorou seis horas para acondicionar livros, cartas e outras coisas, em preparação para o que ele achava que seria uma mudança para a População Geral na mesma prisão, SCI Greene. Mas o Departamento de Correções tinha outros planos… Nesse mesmo dia, 9 de dezembro, a sua chamada telefônica foi recebida no evento realizado no Centro Nacional da Constituição, na Filadélfia. Incentivados por Pam Africa, as 1.100 pessoas presentes no ato converteram os últimos 30 segundos da ligação telefônica em uma calorosa ovação. Essa mesma noite Mumia escreveu: “Minutos depois de desligar o telefone, eu senti uma descarga de energia pelas vibrações de amor que me veio através da linha telefônica. Uau! É uma sensação muito eletrizante!”
Johanna informou também que atualmente Mumia está no “buraco”, ou o isolamento quase total. Não tem contato físico com outros seres humanos e só pode ter em sua cela “uma caneta de borracha, 8 folhas de papel e 8 envelopes – 4 dos quais ele usou para escrever cartas para a sua família e amigos”. Mumia só pode sair ao pátio uma hora diariamente e suas visitas estão restritas a uma a cada semana. A luz elétrica em sua cela está ligada o dia todo e só diminui um pouco à noite.
Mumia disse que sente falta de seu antigo vizinho no corredor da morte. Embora não pudesse vê-lo ou manter uma conversa, “Sugarbear batia na parede de sua cela pelo menos 20 vezes por dia para cumprimentá-lo”.
Ao ser transferido para a sua nova cela na prisão Mahanoy, “Mumia observou que quase todos os prisioneiros no “buraco” são negros, que o fez pensar das sábias análise de Michelle Alexander do encarceramento em massa de homens negros em todo o país”.
Johanna Fernandez conta que “Mumia está consciente dos novos desafios deste novo período. E que se sente forte e otimista sobre as possibilidades da próxima fase da luta, tanto em sua vida diária pessoal como no movimento…”
agência de notícias anarquistas-ana
são areias brancas
o terreiro de iemanjá
saias rendadas brancas
Pedro Xisto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!