A ativista pelos direitos dos animais Camille Marino foi detida no sábado, 4 de fevereiro, enquanto participava de uma manifestação pacífica contra a vivissecção. Aquele evento servia também como uma homenagem a dois macacos que tinham sido torturados até a morte na Universidade da Flórida.
Apaixonada e firme defensora dos animais, Camille agora está aguardando a sua extradição para Detroit, Michigan. Espera-se que compareça perante o júri pelas acusações feitas contra ela em relação à campanha contra o famoso vivissector Donal O’Leary, um pesquisador da Wayne State University.
Por mais de duas décadas, o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável (PCRM) definiu os experimentos realizados por Donal O’Leary como “graves violações” da Ata do Bem-estar Animal dos Estados Unidos. O PCRM pediu a legisladores federais que investigassem o laboratório privado do professor O’Leary, por suas numerosas torturas a cães, que são descritas pelo PCRM como “agonia não aliviada”.
Indignado com o terrível sofrimento desses cães, Camille publicou notícias e detalhes dos experimentos horríveis do professor O’Leary em seu site. Foi então quando O’Leary interpôs (e ganhou) uma ordem judicial para que todos estes dados fossem retirados do site. Camille Marino também foi censurada a “não publicar nada sobre O’Leary em sites ou outros meios de comunicação social”. Considerando que a informação pessoal sobre O’Leary podia ser facilmente encontrada através de diversos sites e também que havia um monte de reportagens sobre as atrocidades do professor na mídia, a medida era absurda. E o mais importante, era (e é) uma violação direta dos direitos constitucionais de Camille protegidos pela Primeira Emenda.
O que segue abaixo é um exemplo do que Donal O’Leary fez, com dinheiro dos contribuintes, a um assustado, abandonado e triste cão de um canil. Um dálmata chamado Queenie:
“De acordo com os registros médicos obtidos através da Ata de Liberdade da Informação, o tórax de Queenie foi aberto para que os pesquisadores pudessem instalar artefatos dentro. Depois de um segundo implante para inserir mais instrumentos, o cão foi forçado a correr em uma máquina com cateteres saindo de seu corpo e incisões supurando fluidos corporais, causando dor e angústia. Em 29 de junho de 2010, Queenie foi assassinado no laboratório, quando um dos dispositivos quebrou e retrocedeu para dentro de si”.
Camille está presa na cadeia do Condado de Alachua, em Gainesville, Florida. Foi classificada como uma prisioneira de segurança máxima, e como dissemos, está à espera de extradição. Camille é considerada como uma fugitiva. Uma vez em Michigan pode também enfrentar acusações adicionais em relação à sua campanha para expor os bárbaros e sádicos atos infligidos a animais inocentes por Donal O’Leary.
Não deixaremos de lutar por justiça para estes animais e nem para Camille! Os vivisseccionistas como O’Leary são os verdadeiros criminosos… os autênticos terroristas… e são eles que devem ser levados à justiça!
Tememos que Camille tenha de enfrentar um processo lento, caro e prolongado. O complexo da vivissecção é composto de indústrias, empresas, leis e governos. Camille vai precisar de todo o nosso apoio, a fim de enfrentar esse poderoso conglomerado, então, por favor, ajude-a espalhando o seu caso, expondo as atrocidades da vivissecção, e fazendo doações a sua conta de apoio!
Camille está agora aguardando transferência. Informaremos sobre o seu novo endereço. Até então, visite o seu site de apoio, aqui: http://supportcamille.org/Support/.
agência de notícias anarquistas-ana
Livre trinado:
—Vreli vrelivre livre
repete o sabiá no fio de luz.
Cumbuka
FORÇA AMIGA, VOCÊ É UM EXEMPLO PARA NÓS***
RENATA BUCCIARELLI*
JORNALISTA – SP – BRASIL