Por mais de um mês, os ativistas sociais que foram presos na manifestação do dia 12 de fevereiro estão presos em condições precárias nas masmorras da Direção Geral da Polícia, sem ter visto a luz do dia (já que nos centros detenção não está previsto que prisioneiros saiam ao ar livre), em condições miseráveis de nutrição, higiene e de vida em geral. Desde 20 de março permanecem detidos nos calabouços da sede da polícia em Atenas, por não haver prisão para recebê-los, devido à falta de espaço nas prisões e à greve do sistema “penitenciário”!
A manifestação do dia 12 de fevereiro, dia da votação do contrato do novo empréstimo, foi uma das manifestações mais massivas e combativas dos últimos anos, frente à brutal ofensiva antissocial e antitrabalhista do Estado e patronal. Centenas de milhares de pessoas se reuniram em Atenas, na Praça Syntagma (Constituição), em frente ao Parlamento, indicando os responsáveis pelo saque de suas vidas, aos que conduzem porções cada vez maiores da sociedade ao desemprego, à pobreza, à miséria e à indignação.
O Regime, por medo da enorme onda de raiva social acumulada que naquele momento ameaçou anular, na prática, a aprovação das novas condições de sangria social e de trabalho, desencadeou as forças repressivas, as quais, com uma guerra química, tentaram dispersar a reunião na Praça Syntagma, assim como evitar a entrada de mais manifestantes ao centro de Atenas. No entanto, em poucas horas, as ruas ao redor do centro, desde as praças Syntagma e Omonia até Monastiraki e o Palácio de Congressos Zapion, foram abarrotadas de manifestantes que, tentando chegar ao Parlamento, entraram em confronto com a polícia. Os mecanismos repressivos, não sendo capaz de reduzir o tamanho da manifestação e a extensão dos incidentes, apesar de ter tentado por algumas horas, chegaram a realizar dezenas de prisões preventivas e um total de 79 detenções de manifestantes.
Quatro dos detidos são acusados de crimes graves. Enquanto a mídia desencadeava uma propagandística guerra ideológica, dirigida à criminalização e repressão da manifestação, e enquanto os policiais publicavam fotos dos acusados, indicando os “culpados” que deveriam ser punidos exemplarmente para intimidar os outros, um promotor e o juiz sentenciaram sua detenção.
Liberdade a todos os detidos.
O terrorismo não passará. Todas as agressões repressivas receberão uma resposta adequada.
agência de notícias anarquistas-ana
Frio da manhã
— os pombos aglomerados
parecem mais cinzas
Marba Furtado
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!