Tempos sombrios são estes que padecemos, em que se intensificou a exploração, a pobreza, a miséria, a violência, onde a liberdade é apenas uma ilusão, e onde antes havia solidariedade e amor, no presente há pouco mais que egoísmo e ódio. Maus tempos são estes em que vivemos a decadência do Ocidente e se escuta tambores de guerra no Oriente.
Frente a este deserto da escuridão e irracionalidade, nós encontramos, qual um oásis, com Autogoverno, um verdadeiro achado poético realizado por um arqueólogo do presente como é Antonio Orihuela. Ele tem escrito muitos poemas, alguns ensaios e é coordenador dos encontros Vozes do Extremo. Autogoverno é uma coleção de poemas que traz a luz Insomnus, um coletivo cultural sem fins lucrativos e horizontal, formado por jovens amantes da literatura e da liberdade.
Este trabalho está dividido em cinco blocos. No primeiro deles, Políticas de emprego, onde se pode ver, mediante uma linguagem simples e direta, a gravidade da exploração e injustiça inerentes a esta sociedade de classes. Em Arquitetura do medo seguimos a trilha da besta que é o capitalismo no planeta. No terceiro bloco, A guerra que estamos perdendo, sai à luz a decepção e desilusão pela escassez de pessoas que tenham na atualidade uma vontade de transformar a realidade. E nos dois últimos blocos, Longe do chão e O tempo do sonho, o autor traz à tona seus sentimentos mais profundos e íntimos, desejando que um dia o sonho de liberdade se faça realidade.
O trabalho foi publicado pela Associação Cultural Insomnus, criada no final de 2008 por um grupo de jovens artistas em Mallorca. A Associação combina a edição de autores consagrados com outros cuja obra é inédita, sendo, portanto, a primeira oportunidade de ver seus escritos no papel. A Associação não tem fins lucrativos e destina totalmente o dinheiro das vendas para novas edições. A edição não é um negócio.
Antonio Orihuela: Autogoverno, Insomnus, Mallorca, 2012, 110 páginas, 5 euros.
Encomendas e informações: culturalinsomnus@gmail.com
agência de notícias anarquistas-ana
Um bando de pássaros
No alto do céu: Deslizam
Nuvens outonais.
Goga
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!