A 8ª Feira do Livro Anarquista em Zagreb, que aconteceu entre os dias 31 de março e 1º de abril, foi um bom espaço de encontro com muitas pessoas ativas na região, como aconteceu nos anos anteriores e com alguns debates interessantes e troca de material.
A Feira contou com a presença de diversas iniciativas, como a da Active Distribution, da editora Sto Citas, e outras vindas de Londres, Sérvia, Estônia, República Checa e a nossa, desde Hamburgo, com alguns fanzines e material do Café Libertad.
No primeiro dia foram realizados debates sobre iniciativas locais e temas históricos, e podemos relaxar no jardim, enquanto que os cartazes que difundiam a Feira eram visíveis em muitas das livrarias da cidade. Como todos os anos, as atividades do segundo dia não se realizaram somente em ambientes fechados, pois a Feira mudou-se para o Parque Central da cidade. No mesmo dia houve um protesto no marco das manifestações do dia europeu de ações contra o capitalismo, o 31M, que começou na Universidade de Zagreb e terminou no Parque onde havia sido montada a Feira.
Pessoalmente estava responsável, junto com uma pessoa da Universidade de Zagreb, de realizar um debate sobre tecnologia, anarquismo e movimentos sociais. Os eixos principais deste debate foram:
• A apresentação de algumas iniciativas que usam twitter ou googlemaps para o seu trabalho político, o debate foi polêmico.
• É um problema que as pessoas se concentrem mais no ativismo “virtual” ao invés da ação e nas relações “reais”?
• Como podemos tratar a dependência das infraestruturas dominadas pelo Estado e pelas empresas, como por exemplo, o hardware para a Web?
Claro que o tempo não dava para falar em detalhes sobre tudo isto, mas certamente se trata de um debate muito importante que deve ser aberto num contexto anarquista, sobre o bom e mau uso das tecnologias.
No terceiro dia, um ativista oriundo da Rússia fez uma apresentação sobre a situação atual em geral na Rússia, a luta antifascista e as iniciativas anarquistas. Em seguida, o debate centrou-se na situação jurídica, o “departamento contra o extremismo”, a postura que toma, em geral, as pessoas na Rússia perante a violência nazi e os tipos de apoio que têm os neonazistas por parte da sociedade.
A Feira foi uma boa oportunidade para entrar em contato com os anarquistas da região, e passamos um grande momento em Zagreb, na esperança de voltar no próximo ano.
Mais infos: http://www.ask-zagreb.org/
agência de notícias anarquistas-ana
quantos pirilampos
posso contar esta noite?
caminho enluarado
José Marins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!