Um professor de 45 anos cometeu suicídio no sábado, 21 de abril, em um armazém de sua casa, na cidade de Stavrúpoli, no norte da Grécia. Savvas Metiquidis se enforcou, deixando um bilhete que explica que as razões para sua ação eram políticas. Em um manifesto de várias páginas faz uma crítica feroz ao memorando e seu impacto na sociedade grega. Refere-se à situação política e social na Grécia e à crise econômica e sistêmica, que o levaram ao suicídio.
É um dos muitos suicídios acontecidos recentemente na Grécia devidos à situação econômica e social que leva as pessoas ao desespero, e um dos que tem um caráter político. Após o suicídio público de Dimitris Jrístulas em frente ao Parlamento no dia 4 de abril, três outras pessoas escolheram a data de 21 de abril para acabar com sua vida. O 21 de abril de 1967, outra Ditadura, a dos coronéis, com um golpe de Estado estabelecendo um regime ditatorial que durou 7 anos. Ontem, 21 de abril de 2012, duas pessoas cometeram suicídio na cidade de Heraklion, na ilha de Creta. Um dos dois, um homem de 57 anos, deixou um bilhete dizendo: “Não gosto da vida que nos forçam a viver. Desculpe por causar transtorno”.
Savvas Metiquidis era profundamente politizado, um ativista social. Havia participado da rebelião de dezembro de 2008 e em todas as lutas sociais contra a barbárie capitalista nos últimos 30 anos.
Uma sociedade e um sistema social que cheiram a morte, regidos pela morte, que conduzem seus membros à morte, não podem e não devem ter outro destino que a morte.
agência de notícias anarquistas-ana
Chuva batendo
No batente
Som dormente
Ângelo Amarante
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!