[A seguir a tradução da descrição postada no Indymedia de Atenas na noite de domingo, 29 de abril, sobre o ataque racista que aconteceu naquela manhã. O massacre de Menidi também circulou em vários meios de comunicação do Regime, além de que hoje foi noticiada a inauguração do campo de concentração de imigrantes na área de Amygdaleza.]
Hoje, 29 de abril de 2012, ficamos sabendo do duplo assassinato na região de Menidi, e acreditamos que os acontecimentos devem ser mencionados como nos foram comunicado pelo filho de uma das vítimas.
Em 29 de abril pela manhã, na esquina da rua Thrakomakedonon com Mola (cerca de um quilômetro de distância de Amygdaleza), um grupo de imigrantes esperava de um lado da rua para encontrar um emprego, como acontece todos os dias e é costume naquele lugar.
De repente, um cara que dirigia um carro tipo Kadett e estava acompanhado por sua namorada se aproximou em alta velocidade e atropelou um imigrante albanês. Ele gritou: “Eu vou foder todos”, e coisas parecidas, e fugiu em grande velocidade. Os outros imigrantes correram para ajudar o ferido, chamaram a polícia e, ademais, uns foram até a delegacia para denunciar o incidente.
Concretamente, os policiais na delegacia nem responderam e não fizeram nada, e logo após, o imigrante que tinha ido registrar o ataque voltou à cena dos fatos. Um tempo depois, o motorista que tinha atropelado o imigrante albanês voltou com o carro e começou a atirar à distância com uma arma, ferindo os pés de um imigrante paquistanês que corria para se esconder com os outros imigrantes, entre eles um imigrante albanês de 58 anos, que foi ferido na perna. O cara parou o carro, deixou-o e atirou na cabeça do albanês a sangue frio, matando-o. Ainda outro imigrante paquistanês, que o assassino perseguia, parou um caminhão de bombeiros, e conseguiu entrar para escapar do tipo, que seguiu o caminhão de bombeiros por um tempo, antes de desaparecer.
Nos interamos que a primeira pessoa que foi atropelada pelo carro morreu. O autor do ataque é filho de um policial que ainda está sendo procurado, pelo menos até esta tarde quando fomos perguntar na delegacia. Ademais, os policiais o conheciam, porque quando eles chegaram após o assassinato, ao ouvir a descrição de uma testemunha ocular e um imigrante paquistanês dizendo o nome Kostas, os policiais disseram “ah, sim… o conhecemos…”
Temos que acrescentar o diálogo que tivemos fora da delegacia de Menidi:
Guarda: Você vem de Menidi?
Nós: Sim
Guarda: E daí? Não te parece estranho o que aconteceu?
E a intervenção de um policial a paisana que estava presente: Ok, o homem foi à loucura…
A questão é que este ataque claramente racista ocorreu em um lugar que fica a menos de um quilômetro de distância do campo de concentração para imigrantes em Amygdaleza, e no mesmo dia em que mudaram para lá os primeiros imigrantes. Este ataque ocorre num período em que foi criado um clima antimigração em Menidi e em outros lugares, e no mesmo período, os fascistas do Laos [partido de extrema direita] falam em favor de portar armas e… por aí vão as coisas.
E, como já vimos, os escrotos meios de comunicação apresentaram tudo como lhe quisessem, por isso gostaríamos de compartilhar essa informação e assinalar que não se trata apenas de um incidente infeliz…
Expressamos nossas condolências e apelamos para não deixar que esses assassinatos fiquem como “algo raro”.
Nossa pátria, a terra.
agência de notícias anarquistas-ana
Nuvens,
sem raízes
até que chova.
Werner Lambersy
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!