Uma passeata reuniu centenas de pessoas na região central de Pisa, neste sábado, 12 de maio, para recordar Franco Serantini, anarquista que morreu 40 anos atrás numa prisão de Pisa depois de ser espancado pela polícia durante uma manifestação contra o fascismo. Serantini tinha apenas 20 anos e fazia parte do Grupo Anárquico Pinelli de Pisa.
A passeata, com os manifestantes carregando faixas e entoando palavras de ordem, percorreu as principais ruas do centro da cidade até chegar à Praça San Silvestro, apelidada há décadas de “Praça Serantini”, em uma das margens do rio Arno, exatamente onde Serantini foi preso.
“Hoje, mais do que nunca, temos que recuperar as praças e ruas das cidades para defender as ideias que Serantini estava lutando. Reiterar que espancamentos, torturas e assassinatos ainda são uma prática comum do Estado contra os opositores políticos, movimentos sociais e, especialmente, imigrantes, pobres, sem abrigo, toxicodependentes… nas ruas, nas prisões, nos campos de refugiados”, disse um manifestante.
A história de Franco Serantini marcou profundamente toda a cidade de Pisa e a história de todo o país. Ao longo dos anos muitos eventos e iniciativas são levadas a cabo em diversas cidades da Itália para manter viva a memória de Franco e suas ideias.
Vídeo:
http://iltirreno.gelocal.it/foto-e-video/pisa-manifestazione-per-la-memoria-di-serantini-1.4498692
Para não esquecer uma história trágica e continuar a luta
Já no sábado retrasado, 5 de maio, ocorreu um outro evento em Pisa, na “Praça Serantini”, para recordar o jovem anarquista morto pela polícia há quarenta anos e dar voz a muitas histórias de repressão cotidiana. Um dia cheio de atividades, com jantar, exposições, corais com canções sociais, uma mesa-redonda intitulada “Homicídio de Estado, abuso de poder e repressão na Itália: casos Serantini, Giuliani e Mastrogiovanni – a repressão e a violência do Estado hoje em resposta às manifestações da dissidência política”, que contou com a participação da mãe de Carlo Giuliani, Heidi Giuliani, e um concerto à noite na Praça dos Mártires da Liberdade dedicado a Franco Serantini.
Galeria de imagens:
http://pisanotizie.it/gallery/news_20120506_quarantanni_morte_serantini_dibattito_morti_carcere.html
Vídeo:
agência de notícias anarquistas-ana
“O pintor ao meu lado
reclama:
Quando serei falsificado?”
Érico Veríssimo
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!