Na manhã da última quarta-feira, 9 de maio, dois companheiros foram presos em Montevidéu, um deles em seu local de trabalho e outro em casa. Em seguida foram transferidos para o Departamento de Operações Especiais e na manhã de quinta-feira (10) para o Tribunal, onde foram interrogados pelas autoridades.
Um deles ficou livre, enquanto que o companheiro David Lamarte foi processado com prisão por atacar um táxi que estava em serviço em 1º de maio, durante um ato classista que acontecia nesta data.
David é um companheiro anarquista que está entre nós lutando há mais de quinze anos, desde a antiga Resistência Anarco Punk, na atualidade nas fileiras do Sindicato Único de Automóvel com Taxímetros e Telefonistas (SUATT) e em vários grupos anarquistas.
O SUATT, antigamente SUA, foi o reduto sindical de ação direta que manteve em pé a velha Federação Obreira Regional Uruguaia durante décadas ao longo do século XX. Hoje é um dos sindicatos mais combativos do país, que luta contra a arrogância de uma patronal mafiosa e o assédio policial constante.
A sentença final contra David provavelmente ficará entre três meses e três anos de prisão segundo o parecer de um juiz, que se pronunciará no espaço dos próximos dez dias e irá acusá-lo de violência privada e danos materiais.
Mas o que o Estado condena não é só a ação, não só se condena a agressão contra os proxenetas de seus patrões, o que se está condenando é não ficar parado ou calado, é não baixar a cabeça ou olhar para outro lado, é não resignar-se ante este mundo de exploração.
Ao mesmo tempo, a repressão também serve como uma lição para aqueles que não aceitam as condições de vida impostas a nós pelos poderosos e os exploradores. Funciona como uma lição para aqueles que pretendem romper com este modo de vida. Eles buscam criar medo.
É por isso que apelamos à solidariedade, que se saiba que nenhum companheiro está sozinho.
Liberdade imediata para David, preso por lutar!
agência de notícias anarquistas-ana
luzes acesas
vozes amigas
chove melhor
Alice Ruiz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!