[No dia 13 de maio de 1985, Ramona África saiu das chamas da casa coletiva da organização MOVE, na Filadélfia, com o pequeno Birdy África em seus braços; haviam sobrevivido à matança em que onze integrantes de sua família foram queimados vivos depois do bombardeio de sua casa. Em 24 de abril de 2012, Ramona falou do lado de fora do Departamento de Justiça em Washington, DC, sobre o que faz falta para que se libertem Mumia Abu-Jamal, “os 9 do MOVE”, aprisionados desde 1978, e todas e todos os presos políticos.]
Nos movamos! Viva a revolução!
Não vou falar muito tempo, mas vou lhes dizer porque estou aqui. Estou aqui porque estive envolvida e sigo envolvida na revolução que é necessária para libertar Mumia Abu-Jamal, minha família do MOVE e a todas e todos os presos políticos. Porque é isto que faz falta para levá-los para casa.
É comum que as pessoas nos parem e perguntem: Acreditam que Mumia vai sair daí algum dia? Acreditam que “os 9 do MOVE” algum dia chegarão em casa?
O que lhes digo é que isto depende de nós. Não depende deles, mas de nós.
Temos que decidir que os princípios de liberdade e justiça são o mais importante para nós. Enquanto não forem o mais importante para nós, nunca vão ser importantes para eles.
O importante é o que nós estamos fazendo e seguimos fazendo e o que animamos outras pessoas a fazerem.
Não podemos ficar de braços cruzados e pensar que há um salvador que descerá do céu, talvez alguém chamado Obama, que irá agitar sua varinha mágica e fazer com que tudo saia bem. Isto nunca vai acontecer.
Nós somos nossos próprios salvadores. Nós somos nossos próprios libertadores.
Houve alguém, talvez Martin Luther King ou um de seus filhos, que falou da traição do silêncio. É certo que o silêncio é uma traição. Não temos a opção de ficar calados, inativos, estagnados. Temos a obrigação de fazer este trabalho, não para “os 9 do MOVE” ou para Ramona África, ou para Mumia Abu-Jamal, mas para nós mesmos, para nossas próprias famílias, para as e os bebês que vem aqui hoje mesmo. É nossa obrigação.
O fundador do MOVE, John África, nos ensinou que é criminoso que alguém oprima, maltrate ou brutalize as pessoas e outras formas de vida como o fazem os oficiais, os governantes. Mas também é criminoso permitir que alguém nos oprima, nos maltrate, ou nos brutalize sem responder.
Dizem grandes besteiras sobre a violência, como “Não sejam violentos…”
A violência está dirigida a nós. Não é violento quando você se defende. Pelo contrário, é violento que você permita que alguém te ataque e não responde. Neste caso, está encorajando a violência. Está respaldando a violência. Você é masoquista. Você atrai a dor e o sofrimento.
As pessoas do MOVE não acreditam nisto. Não acreditamos em dar a outra face quando alguém nos dá una bofetada, mas em parar a bofetada. Este é o compromisso do MOVE. E devemos todos assumir este compromisso se pensamos em dar fim a submissão de nossas mentes e nossos corpos.
Nos movamos! Viva John África! Libertem Mumia! Libertem “os 9 do MOVE”, Leonard Peltier, Dr. Mutulu Shakur! Libertem a todos! Viva o espírito dos anos 60! Viva a revolução!
Ramona África
Tradução > Marina Knup
agência de notícias anarquistas-ana
Insetos que cantam…
Parece que as sombras se amam
nos cantos escuros.
Teruko Oda
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…