[Texto e faixas do Grupo Anarquista de Pireo, referentes à venda de duas praias do porto de Atenas, Pireo – Votsalakia, Freatyda – pelo município ao Capital. A privatização das praias terá como consequência a eliminação de seu caráter público e livre, mediante a imposição de um bilhete de entrada, assim como a alteração da paisagem natural, através de sua “reforma”.]
No capitalismo tudo é feito para ter como fim o lucro. Quando os “abutres” estão prontos para atacar, seu primeiro objetivo são os mais fracos. Assim, sempre para os estafadores do Sistema, o primeiro alvo dos seus ataques têm sido os que não podem reagir: a terra e os animais.
O prefeito de Pireo, há anos metido nas trapaças políticas bem conhecidas de todos nós, decidiu, juntamente com o seu bando político ligado ao partido direitista Nova Democracia, vender as praias da cidade. Sim, estamos falando sobre essas duas únicas praias que restaram no Pireo. A primeira é a de Freatyda e a outra no bairro de Kastela. Ambas sofreram significativas intervenções irreversíveis nos últimos anos (com edifícios, estacionamentos, campos de futebol, etc.).
Os processos de sua venda foram realizados de forma rápida e quase em sigilo; decidiram cimentar as praias, colocar guarda-chuvas, construir um parque de estacionamento, colocar um bilhete de entrada para a praia e até usar o primeiro andar de uma piscina pública para abrir um restaurante (eles querem comer e ao mesmo tempo olhar os banhistas e nadadores).
Alguns dos habitantes de Pireo nos opusemos a estes planos sujos e invadimos a Prefeitura (apesar da existência de uns esbirros do governo municipal que quiseram nos deter) e tentamos parar o processo de venda. O prefeito nos chamou de fascistas, porque não queremos deixar nosso bairro nas garras de um depredador.
Este assunto, porém, não vai acabar aqui. Não permitiremos que ninguém privatize as praias. Vamos estar na frente deles, em cada tentativa de exploração de qualquer espaço público livre. Temos crescido dentro de algumas escolas-prisões, dentro de casas-celas, temos recebido a violência do Estado e do Poder. Os espaços públicos são os únicos nos quais podíamos estar livres. Destruindo uma floresta, enterrando uma praia sob escombros e cimento, enchendo uma rua de pedestres de mesas e cadeiras corrompem os lugares nos quais temos brincado, desfrutado, amado, privando nossos filhos dos lugares onde eles poderiam brincar, se divertir, amar.
O texto grego: https://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1403640.
agência de notícias anarquistas-ana
Mosaico no muro.
O gato ensaiando o pulo.
Azuis borboletas.
Fanny Dupré
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!