A necessidade de analisar o processo da luta social de Oaxaca, desde 2006 e também, a intenção de fortalecer e coordenar a luta libertária, foram os motivos centrais da realização desse espaço de análise e discussão.
Com a presença de 96 membros de coletivos, federações, individualidades, etc. Nos dias 8 e 9 de junho aconteceu o Segundo Encontro Autônomo Libertário em Oaxaca, isto no bojo do processo de refundação da APPO [Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca]. A necessidade de analisar o processo de luta social de Oaxaca desde 2006 e também, a intenção de fortalecer e coordenar a luta libertária, foram os motivos centrais da realização deste espaço de análise e discussão.
Foram instaladas formalmente mesas de trabalho sobre os seguintes eixos de discussão: 1) Princípios da APPO; 2) A experiência de 2006; 3) Práticas e formas para fazer frente a eleição; 4) Segurança diante da campanha repressiva do Estado e 5) experiências organizativas em outras latitudes. Análise: A assembleia constituída em 11 de novembro de 2006 não refletiu as necessidades nem a realidade social que se vivia no momento, por sua postura mediadora e conciliadora com o Estado, nunca funcionou como uma assembleia real, pois a pluralidade da vozes não foram ouvidas; desde o início a efervescência do movimento identificou as pessoas, foi graças ao costume o apoio mútuo natural, o que sustentou a luta e não a estrutural formal da APPO, este processo unitário deu origem à inútil plataforma eleitoral, que desfigurou sua essência, desiludiu e desmobilizou o processo. Na prática a tomada de decisões em sua grande maioria não respeitou os acordos emanados a partir da direção.
Considerações: Vemos a necessidade de reviver as autênticas assembleias populares, nos bairros, barricadas e comunidades. A partir do conflito as pessoas continuam com ações de pressão por suas demandas imediatas, fenotipicamente como uma aproximação reformista, porém isso nos deve levar ao cerne da situação em si, ao genótipo de auto-organização e autogestão, resumindo que não é o Estado, que solucionará nossas necessidades, senão que é o único problema, que devemos destruir.
Posicionamento ante a refundacão da APPO. A atual conjuntura eleitoral força aos setores reformistas a posicionarem-se politicamente e demonstrar uma mobilização contundente de massas, nós entendemos o contexto de como aglutinar a luta com alguns setores em legítima autodefesa de nossas tradições, formas de organização ancestral e nossos recursos naturais, definitivamente não entendemos que a solução seja a via eleitoral. Vemos a força dos processos de luta e a horizontalidade e a autonomia. Este encontro se pronuncia em apoio, solidariedade e acompanhamento das comunidades, organizações e coletivos, que tenham decidido o boicote às eleições como primeiro passo a autêntica reestruturação da APPO, considerando que só esta ação é um autêntico passo no processo de emancipação dos povos.
Exaltações-Chamados. Criação de círculos de estudo. Formação de grupos de bairros, independentes e autônomos entre si. Tolerância e respeito entre as diferentes lutas e formas de resistência das diferentes comunidades, povos, bairros e colônias assim como de organizações não anarquistas, mas que lutam pelo mesmo objetivo comum. Aprender a diferenciar entre as necessidades das comunidades e das zonas urbanas, já que em cada plano geográfico a situação é diferente. Aproximar-se de pessoas da terceira idade para poder enriquecer as experiências. Identificação de focos de possível subversão e participar neles de maneira humilde e respeitosa. Criar círculos de estudos móveis, ou seja, que se movam a diferentes partes do país, separados dos círculos de estudos locais. Criação de fundos de resistência para companheiros presos e feridos. Criar espaços e sobretudo fortalecer os que já existem em todo o país. Formação de oficinas sobre segurança e autodefesa legal. Criar espaços em redes e formar periódicos, fanzines, etc. para a maior divulgação das ideias. A múltipla realização de encontros libertários em todos os lugares, dentro e fora de nossas fronteiras, para preparar o eventual congresso internacional de autonomias e processos anarquistas.
Mandamos uma saudação à iniciativa do encontro anarquista nacional durante o mês de setembro em Monterrey, Nuevo León. Solidariedade com os presos em guerra: Braulio Arturo Durán (León Gto.), Pablo López Alavés (Oaxaca), Jorge Mario Gonzales García. (CCH Naucalpan D.F.).
O próximo encontro foi programado para os dias 30 de novembro e 1 de dezembro do presente ano, aniversário histórico para nosso movimento, quando nossa geração de anarquistas deu um salto qualitativo na práxis antagonista. O encontro se realizará em Oaxaca em um lugar a se definir.
Assinam: Colectivo Barro Negro (Oaxaca); Miserables Libertarios (Morelos); Colectivo Libertario Magonista (Oaxaca); CIPO-RFM (Oaxaca); Dignidade Rebelde (Oaxaca); Colectivo Resistencia Anarquistq. (Oaxaca); Asamblea Estudiantil Xalapeña (Veracruz); Coordinadora Estudiantil Anarquista (DF); Biblioteca María Luisa Marín (Veracruz); Llama de la Libertad (DF); Tlacolulokos (Oaxaca); Los Solidarios (DF); Cafetería Emma Goldman (DF); Federación Anarquista México (DF); AREITO (Veracruz); Brenalokos (Oaxaca); Brigada Negra (DF); Cruz Negra Anarquista (DF).
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Dia grisalho
brotos brotam brutos
na ponta do galho
Danita Cotrim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!