Sob o sugestivo título “Pensar la utopía en la acción –Trazas de un anarquista heterodoxo” (Pensar a utopia na ação – Traços de um anarquista heterodoxo), Octavio Alberola acaba de oferecer-nos um volumoso compêndio de artigos que publicou entre 1950 e 2013. O título não deixa de ser sugestivo porque a intensa relação entre a utopia e a ação constitui efetivamente uma constante na atividade militante de Octavio. Isto explica que seus textos, longe de constituir meras especulações intelectuais, estejam arraigados pelo geral em um contexto de ação.
Trata-se de textos que poderíamos qualificar de circunstanciais, no bom sentido de que nascem da ação e se orientam para a ação. Constituem portanto, escritos de combate que articulam análises e propostas destinadas a produzir efeitos práticos nas lutas pela liberdade. Não há dúvida, escrever e pensar é para Octavio, uma forma a mais de atuar e isto nos faz lembrar a insistência com a qual tanto Proudhon como Bakunin, sustentavam que para o anarquismo a ideia têm uma origem e um valor prático, nasce em um contexto de ação e se orienta para a produção de efeitos práticos por meio da ação que propicia.
O longo período de tempo, quase 65 anos, transcorrido entre o primeiro e o último dos artigos compilados neste livro, junto com a estreita vinculação que mantêm o autor entre o pensamento e a ação, fazem com que desfile sob nossos olhos um vasto panorama social e político que nos mostra dados tanto sobre o período histórico vivido por Octavio como sobre suas preocupações e atividades militantes. Os artigos se reagrupam em três blocos, o período mexicano durante os anos cinquenta, o período da clandestinidade e da luta antifranquista, desde princípios dos anos sessenta até 1975, e o terceiro desde a morte de Franco até hoje. Havendo conhecido Octavio no início do período da clandestinidade (no final de 1963) creio poder testemunhar que a tentativa de coerência entre pensamento e ação que Octavio reivindica no epílogo de seu livro é sem dúvida uma das características de sua trajetória vital e isto justifica sem dúvida o respeito conquistado em amplos setores do movimento libertário.
Voltando ao título escolhido por Octavio Alberola, devo dizer que há um segundo motivo pelo qual é sugestivo. Com efeito, a luta contra diversas formas de dogmatismo e de sectarismo, inclusive no próprio âmbito do anarquismo e de suas organizações, têm acompanhado desde sempre a trajetória militante de Octavio, situando-o na esfera desses anarquistas heterodoxos que, por sorte, agitam as águas do anarquismo, impedindo que se estanquem.
Tomás Ibañez
Reprodução gratuita do livro em:
www.fvillagrasa.wix.com/villagrasa ou www.issuu.com/lavern/docs/pensar_la_utop_a_en_acci_n__a5_/1
Para a versão em papel solicitar em: bombarda.ediciones@gmail.com
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Agarrada à folha
a formiga com firmeza
desliza na brisa.
Ronaldo Bomfim
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...