Na terça-feira, 4 de junho, o preso anarquista Kostas Sakkás começou uma greve de fome, exigindo a sua libertação imediata. Sakkás foi preso com outras cinco pessoas em 4 de dezembro de 2010, acusado de envolvimento em um grupo terrorista anônimo (não mencionado na lista de acusações contra ele) e de posse de armas.
Dois dos quatro detidos foram absolvidos. Para os quatro restantes (incluindo Kostas Sakkás) as penas variaram uns quatro meses depois de sua prisão: eles foram acusados de participar da organização de luta armada Conspiração das Células de Fogo. Essa alteração foi feita porque as autoridades judiciais perceberam que não podiam sustentar a acusação de participação em um grupo “terrorista” inexistente. Mantiveram a acusação, no entanto, sem ter qualquer indício ou prova de que o acusado poderia estar associado a este grupo. Os quatro negam a sua participação neste grupo, mas defendem a sua identidade política anarquista, causa da qual pegaram dois anos e meio de prisão.
No Estado grego, a duração máxima de detenção é de 30 meses, enquanto que no caso de Sakkás não pode ser superior a 18 meses. Para Kostas Sakaás o período máximo de 30 meses terminou em 4 de junho de 2013. Poucos dias antes dessa data, havia sido informado que sua prisão iria continuar por mais seis meses, sem qualquer justificativa. Então Sakkás decidiu iniciar uma greve de fome.
Em 25 de junho, o Tribunal de Apelação rejeitou seu pedido de liberdade. Sakkás passa assim quase 31 meses preso sem um julgamento e uma data definida para ele. O Regime totalitário do governo grego mais uma vez violou suas próprias leis e constituição, sem importar-se em manter as aparências. Sua atitude faz parte de uma ofensiva contra todos os presos políticos, ativistas sociais, dentro ou fora da prisão, os oprimidos.
No sábado, 29 de junho, como parte da Jornada Internacional de Ações Solidariedade à Sakkás, em Atenas, houve uma manifestação e marcha com a participação de cerca de 6.000 pessoas. Antes do início da marcha, três fascistas foram espancados em dois pontos diferentes do centro de Atenas. Um deles é um oficial do exército e membro do partido neonazista Aurora Dourada, como pode ser visto nos documentos que foram extraídos deles. O outro é também um membro do mesmo partido.
agência de notícias anarquistas-ana
os juncos no lago
estão verdes
curva-se a garça branca
Rita Schultz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!