[A seguir crônica da 1ª jornada de “Anarquia nas Ruas” em Carabanchel, Madri, e a apresentação da monografia “Nem governos, Nem partidos, Nem sindicatos vendidos”.]
Com muito esforço e sonho, nós, os companheiros da Juventudes Libertárias de Madri, editamos este trabalho para por sobre a mesa questões básicas para o anarquismo, como são a questão do governo e da autoridade, os partidos políticos ou as burocracias sindicais.
Uma edição de 1000 exemplares da monografia, em que redunda todo o trabalho teórico que temos desenvolvido, que decidimos apresentar em Carabanchel frente ao público.
Várias noites de colar cartazes, pendurar faixas entre outras formas de divulgação nas ruas, fizeram com que esta jornada ressoara nos muros de Carabanchel. E tudo isso apesar dos esforços dos serviços de limpeza em eliminar a propaganda anarquista no bairro, “limpando” com exclusividade de forma evidente aquelas manifestações em forma de pintura ou faixas que nos dias que antecederam a apresentação apareceram nos arredores da praça de Oporto.
E assim, após um intenso trabalho de preparação, chega a primeira jornada à Madri de “Anarquia nas Ruas” (ideia original dos compas barceloneses que começaram a dar forma a esta ideia de aproximar o anarquismo aos bairros). O domingo 23 de junho, na praça de Oporto, nos juntamos mais de 50 pessoas para palestrar e debater.
Nós dividimos a palestra entre diferentes companheiros, estruturando-a em três partes: a primeira, uma crítica ao governo, seguida de uma reflexão em torno do papel que jogam os partidos marxistas na perpetuação da ordem estabelecida e, por último, uma exposição de como acreditamos que devemos afrontar a luta no mundo do trabalho e a consequente crítica ao sindicalismo estatal e a exposição de nossos argumentos contra esta forma de luta domesticada. Após a palestra se realizou um debate em torno das questões tratadas anteriormente, talvez a parte mais difícil porque poucas pessoas se atreveram a pegar o microfone.
Tudo isto se viu acompanhado de uma deliciosa limonada caseira para autogestionar a atividade de Juventudes Libertárias de Madri e com a presença de várias distribuidoras de material anarquista, nossa própria distribuidora de Juventudes Libertárias, da Federação Local de Sindicatos de CNT-AIT Madri, da Assembleia Antiespecista, Ação Diária e Periculosidade Social.
A jornada se desenvolveu sem nenhum problema, além de alguma piada sem importância, como foi o momento em que apareceu um divertido falangista (claro eufemismo), para amenizar a introdução da palestra, ou os insultos de algum mercenário do Estado à paisana, ao longe (pelo que pudemos saber depois). É por isso que esperamos poder repetir este evento em muitas outras praças de Madri, ou em outras cidades.
Queremos acabar esta crônica agradecendo a todo mundo (as distribuidoras que ofereceram aos assistentes diferentes materiais libertários, aos companheiros organizadores e aos assistentes), sua colaboração. Nos vemos nas ruas.
Anarquia nas ruas!
Nem governos, Nem partidos, Nem sindicatos vendidos!
Juventudes Libertárias de Madri
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Ao sol das cinco
a sombra da minhoca
surge devagar.
Masatoshi Shiraishi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!