Há um ano, em 17 de agosto de 2012, foi declarada uma sentença absurda para as três integrantes da banda Pussy Riot (Bucetas em Motim). Esta sentença tornou-se um símbolo da repressão crescente desencadeada pelo Estado contra a liberdade de expressão, contra artistas e músicos e contra o movimento feminista na Rússia.
Declaramos 17 de agosto como o dia da solidariedade contra a sentença às Pussy Riot, contra o regime político autoritário e machista, contra o sexismo reinante na sociedade contemporânea, contra a homofobia e contra o nacionalismo.
Atualmente, duas integrantes da banda – Maria Aliókhina e Nadejda Tolokónnikova – estão presas numa penitenciária passando por todas as dificuldades que a população carcerária da Rússia enfrenta. Ekaterina Samutsévitch, a terceira integrante que foi presa, está sob custódia, em liberdade condicional. No entanto, tanto as três mulheres presas, quanto xs outrxs integrantes da banda que estão em liberdade são inocentes.
Para todas as pessoas que acompanharam o processo, é óbvio que o caso das Pussy Riot é um caso fabricado e que a sentença é injusta.
Portanto, exigimos a imediata libertação da Maria e da Nadejda, a anulação da sentença e o fim das perseguições criminais da banda Pussy Riot.
Exigimos o cumprimento dos direitos e das liberdades, garantidas a todxs, inclusive, pela Convenção de Direitos Humanos e pela Constituição da Rússia.
Exigimos a liberdade de expressão, a igualdade de gênero, a igualdade social e o fim de todas as discriminações.
Exigimos total e indiscutível capitulação do patriarcado e do regime autoritário!
Durante este ano, a partir da sentença às Pussy Riot, na Rússia foram aprovadas leis que atacam a liberdade de expressão e os direitos humanos, e surgiram novas condenações políticas absurdas.
Mas as pessoas passaram a sair nas ruas, a unir seus esforços, a organizar ações de protestos, ações de solidariedade e de apoio. Assim, durante todo este tempo, desde a prisão das três mulheres em março de 2012, no mundo inteiro acontecem ações de solidariedade às Pussy Riot, e vamos lutar até sermos vitoriosxs!
17 de agosto – no dia de combate à sentença – propomos a todas as pessoas não indiferentes a unirem-se ao nosso movimento de solidariedade: a escreverem cartas para Nadejda e Maria, comporem e assinarem petições, organizarem ações artísticas, antiautoritárias e feministas, cantarem, pintarem, fazerem cartazes e stencils, realizarem gigs e apresentações, flashmobs, piquetes, manifestações, exposições, recitais etc.
Enviem, por favor, os chamados para essas ações e informações com seus registros para o site freepussyriot.org e twitter http://twitter.com/freepussyriot: #freepussyriot17813 ou #freepussyriot.
A solidariedade é mais forte que a repressão! Viva o protesto!
Tradução > A vagalume
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agência de notícias anarquistas-ana
Pé de ipê!
Dá dó de varrer
o tapete lilás.
Cumbuka
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!