No sábado, 28 de setembro de 2013, a polícia da Grécia prendeu 19 fascistas, integrantes da gangue neonazista Aurora Dourada, incluindo dois policiais, o líder e porta-voz da gangue, assim como o chefe de suas sedes no bairro em que residia o assassino do cantor Pavlos Fyssas (Killiah P). Três dos seis deputados fascistas detidos se entregaram à polícia um pouco depois da detenção de outros membros da cúpula do Aurora Dourada. Estão pendentes pelo menos outras 19 prisões de integrantes da mesma gangue, já que os mandados de captura emitidos pela Procuradoria por agora são 38. Entre eles está um deputado, o vice-presidente da gangue.
Todos os detidos e os procurados são acusados de serem integrantes de uma organização criminosa e de vários assassinatos ou tentativa de homicídios, assaltos, agressões, atentados com explosivos, envolvimento no tráfico de seres humanos, chantagem, extorsão, suborno, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. Entre os assassinatos e tentativas de homicídio está incluído o assassinato de Pavlos Fyssas por um batalhão de assalto da gangue, o assassinato do imigrante paquistanês Sajtzat Lukman e a tentativa de assassinato de um imigrante egípcio. Além disso, a ordem de prisão dos 38 refere-se às conexões da gangue com oficiais da polícia grega, empresários da noite e capangas. Na casa do líder do partido e parlamentar da gangue neonazista foram descobertas várias armas. Três delas estavam sem licença.
Há poucos dias, depois do assassinato de Pavlos Fyssas por um batalhão de assalto fascista, ex-integrantes do Aurora Dourada relataram a propósito da estrutura militarizada da gangue e admitiu a existência de batalhões de assalto e falanges armadas, composta por cerca de 3.000 fascistas neonazistas. Quase simultaneamente com estas declarações, vários oficiais e superiores da polícia se demitiram ou foram suspensos das suas funções. Entre eles o chefe da Delegacia do bairro onde aconteceu o assassinato de Pavlos Fyssas. Anteontem foi suspenso o oficial de alta patente da polícia e seu colaborador mais próximo, cujo departamento foi responsável pelo acompanhamento da ação do Aurora Dourada.
As ordens de prisão contra os líderes e especialmente contra os deputados do Aurora Dourada foram emitidas porque o Parlamento dispensou a imunidade parlamentar para permitir a investigação do assassinato de Fyssas e porque permitiu a quebra do sigilo das comunicações telefônicas dos presos. Os deputados neonazistas presos mantêm suas cadeiras parlamentares até que não haja decisão judicial contra eles. Na parte da tarde de anteontem, os detidos foram levados perante um juiz de instrução de alto escalão.
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