[Na sexta-feira, 11, e no sábado, 12 de outubro, foi realizado o 6º Festival Antifascista na cidade de Zrenianin, Voivodiva, na Sérvia. A seguir, um relato sobre este evento.]
A jornada de sexta-feira (11) começou com a discussão sobre a situação nas prisões sérvias, com a participação de ex-prisioneiros, seguida da apresentação das atividades do grupo Ação Antifascista na cidade de Nis, e terminou com um concerto com bandas da Sérvia e Croácia.
No sábado (12), ao meio-dia, houve uma apresentação do coletivo editorial Usiusk. Na continuação, companheiros da Romênia fizeram uma exposição da situação política e das lutas autônomas no país (protestos contra a mineração de ouro em Rosia Montana, a solidariedade com as lutas dos ciganos, a luta contra os aumentos de preços e do custo de vida e despejos etc.).
Seguiu-se uma apresentação muito importante feita pelos companheiros croatas do Movimento Contra a Guerra na Croácia durante as guerras da década de 1990 na ex-Iugoslávia. Eles despertaram lembranças que o Poder quis apagar – a fabricação da guerra como um pré-requisito para o ataque do Capital, a publicação conjunta de um jornal antiguerra com anarquistas sérvios e croatas, que era impresso na Itália e se distribuía em segredo na ex-Iugoslávia, os que se recusaram a participar da guerra, os autoexilados, o trauma pós-guerra e o boletim antiguerra Zaginflach (que chegou a ter uma tiragem de 30 mil exemplares)…
Houve uma apresentação da luta da fábrica grega de Viomijanikí Metaleftikí (VioMe), que foi recebida com entusiasmo (inclusive precedida de uma reunião em um clima de fraternidade internacionalista entre um representante da VioMe com os trabalhadores da fábrica farmacêutica autogestionada Giougkorementia).
Em seguida, rolou uma apresentação da situação na Grécia: a demonização dos imigrantes e a construção do inimigo interno, o “antifascismo” institucional como uma continuação do fascismo institucional e paraestatal, o ataque às okupações e a luta contra as minas de ouro em Calcídica.
Participaram do festival companheiros e grupos da Sérvia, Croácia, Macedônia, Romênia, Grécia, Bulgária, Alemanha, Espanha e Canadá. Paralelo ao Festival Antifascista, aconteceu a Feira do Livro Anarquista, onde, entre outros, vimos a versão servo-croata de “Antifascista”, de Martin Lux, e “El Kaliban e a Bruxa”, de Silvia Federici.
agência de notícias anarquistas-ana
Bolhas de sabão
sopradas no ar da manhã
exalam arco-íris.
Ronaldo Bomfim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!