Ilya Eduardovich Romanov, anarquista russo de 46 anos, foi ferido na madrugada de 26 para 27 de outubro passado, quando uma bomba caseira explodiu em suas mãos de repente; ele perdeu a mão esquerda. O acidente ocorreu perto do prédio do recrutamento do exército russo, na rua Osharskaya, 1, em Nizhny Novgorod, Volga (oeste da Rússia).
A polícia local disse que a bomba caseira explodiu durante a madrugada de sábado (por volta das 4 horas) nas mãos do companheiro, que foi levado ao hospital, lá os médicos tiveram que amputar sua mão esquerda; ele ainda sofreu ferimentos em seu rosto e no olho esquerdo.
Ilya foi interrogado pela polícia e disse que o “artefato explosivo caseiro” era na verdade um dispositivo pirotécnico [foguete]. As autoridades russas abriram um processo criminal contra ele nos termos do artigo 222 do Código Penal russo (“tráfico ilícito de explosivos”).
Os meios de comunicação burgueses foram rápidos para informar sobre a operação policial no apartamento de Ilya, onde eles teriam encontrado literatura extremista e vários produtos químicos usados para fabricar explosivos.
No entanto, uma fonte alternativa afirmou que a polícia não encontrou nada de interesse durante o fustigamento, mas apenas confiscou uma caixa vazia de bicarbonato de sódio, alguns elementos do microscópio pertencente à sua filha e um frasco com um pouco de matéria branca na parte inferior. A polícia também confiscou um arquivo de imprensa opositora, cartas pessoais de companheiros (incluindo cartas do tempo que ele passou na prisão, durante 2002-2012), seu laptop, telefone e passaporte.
Ilya foi preso em 2002 e passou 10 anos na prisão. As acusações contra ele incluíam expropriação de joalherias e casas de câmbio, tráfico de armas de pequeno porte, ataque com bombas contra um escritório do Serviço de Segurança da Ucrânia (ex-KGB). Ilya negou todas as acusações, alegando que ele era mentalmente e fisicamente torturado durante sua prisão preventiva. No decorrer de sua vida, esteve envolvido ativamente em várias lutas, como contra a construção de usinas nucleares, além de participar de sindicatos e de grupos de apoio a presos e presas, bem como na luta contra a psiquiatria. Ele foi posto em liberdade em dezembro de 2012.
Para ajudar financeiramente Ilya, escreva em inglês para a Cruz Negra Anarquista (CNA-Moscou): abc-msk@riseup.net.
agência de notícias anarquistas-ana
O casulo feito
bicho dentro dele dorme
vestido de seda.
Urhacy Faustino
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!