Final de ano anarquista em SP. No mesmo mês do Colóquio Internacional Ciência e Anarquismo, e abrindo caminho pro II Festival do Filme Punk Anarquista de São Paulo (de 13 a 15 de dezembro), rolou no domingo retrasado, 10 de novembro, a IV Feira Anarquista de São Paulo, na Lapa.
A feira, organizada pela Biblioteca Terra Livre, aconteceu durante todo o domingo ardidamente ensolarado no Tendal da Lapa. Durante a tarde, quando visitei a Feira, havia seguramente mais de 150 pessoas pelo espaço, divididas entre a preguiça absoluta, a pausa para o almoço e a conversa sobre Anarquia e Autonomia, com o Coletivo Anarquista Ativismo ABC – Casa da Lagartixa Preta do lado de fora e a Feira, do lado de dentro.
Na Feira estavam presentes diversos movimentos, coletivos e editoras e, por economia de linhas, omito de meu relato, mas é possível encontra-los no site da Biblioteca Terra Livre. O número de participantes como expositores me pareceu menor em relação ao último ano, mas a quantidade de público me surpreendeu positivamente. Se presentes na conversa e na pausa do lado de fora havia pelo menos 60 pessoas, do lado de dentro na Feira havia outras dezenas. Muitos zines e publicações DIY [Faça Você Mesmo] ocupavam espaço na Feira, onde também haviam livros de editoras, (e de Não-editoras), patchs, CDs, camisetas e cadernos. Nem tudo eram compras, e o coletivo Fenikso Nigra, por exemplo, abriu um “Espaço de Dádiva” onde materiais poderiam ser doados/trocados – um belo lembrete dos objetivos que nos unem.
Nesse espaço havia também um Espaço de Crianças, onde a criançada – que também estava na Feira em peso – podia exercitar uma convivência com e em um espaço de liberdade. No final da Feira, várias pinturas dentro e fora do espaço registravam essa presença e vivência.
Começada enquanto ainda rolava a conversa do lado de fora, no espaço Pedro Catallo, do lado de dentro, começavam os relatos sobre experiências anarcofeministas no Brasil, com grandes relatos de grandes minas e que terminou com uma boa conversa. A divisão em espaços potencializa a quantidade de atividades e durante esse tempo rolou também a exibição do filme Libertários, seguido do debate com o diretor Lauro Escorel e da apresentação de Punk Canibal, que acabou acontecendo no meio da Feira, mas que foi muito divertida. Até o final do dia aconteceriam mais dois debates, sobre organização anarquista, pela Federazione Anarchica Italiana-FAI e outro sobre luta, resistência e educadores autônomos, com diversos coletivos, outro grande momento da feira.
Além disso, rolou a oficina com a Fanfarra do M.A.L, que fechou a Feira com uma apresentação – outro momento animado da Feira, por vários motivos.
A Feira foi bem animada, quente no clima e também na receptividade, os últimos eventos em São Paulo provavelmente fomentaram tanto a presença da galera quanto as ansiedades que foram postas em debates e nas conversas informais que rolaram às centenas pela Feira.
Saúde (calor modorrento) e anarquia!
Caróu
Fotos: https://www.facebook.com/biblioteca.terralivre?fref=ts
agência de notícias anarquistas-ana
terno salgueiro
quase ouro, quase âmbar
quase luz…
José Juan Tablada
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!