Saudações solidárias e insurretas para o companheiro anarquista Mario Gonzalez preso em greve de fome e algumas palavras sobre a atual ação repressiva.
Saúde companheirx por seguir lutando ainda que em condições tão adversas.
Cremos de vital importância companheirx Mario, que saiba que nos encontramos acompanhando cada momento de sua greve de fome de maneira moral e colocando em prática a solidariedade ativa, queremos que escute nossas palavras assim como nós temos recebido em nossos corações seus gestos de liberdade. Sempre é bom escutar palavras de ânimo em momentos difíceis, mas também queremos que saibas que nossas palavras sempre vão acompanhadas da ação e que não serviria de nada falar de anarquia se não estamos dispostos a pratica-la dia a dia, ainda que não nos encontremos juntxs e se nos negue a oportunidade de destruir lado a lado, capuz a capuz, nos aparece claro que cada ação caótica e cotidiana que expressa nossa luta por liberdade levará consigo essa energia criadora e destruidora que vai e vem entre as vontades insurrectas daquelxs com quem nos encontramos fora do cárcere e com os que estão dentro, é por isso que cada gole de água que tomas é um gole de rebeldia e desobediência para nossas consciências, que cada bocado negado a consumir é um gesto que nutre nossas vontades indômitas. Esta negação a alimentar-se tem repercussão em todas aquelas almas anarquistas que alimentam nossa intensa guerra pela liberdade.
Saudamos com orgulho que não esconda o que orgulhosamente floresceu em sua vida, a Anarquia, por que isto também é um passo na luta anticarcerária, levando a revolta até os estabelecimentos do Estado, deixando de lado os vitimismos para encarar-nos em qualquer momento a nossos inimigos, fazendo visível o discurso antiautoritário nas sedes da autoridade judicial, pelo que te fazemos um chamado a não cessar de pensar, de combater, de imaginar, de propor e de criar, os escritos e comunicados são fundamentais para que comece uma extensão na reciprocidade da luta e solidariedade libertária.
Hoje é um presx de guerra e a guerra reclama nossa vingança, e sempre haverá momento para florescer nosso combate anárquico, por outro lado esta situação reclama tomar posições frente ao estado atual das coisas em que a repressão generalizada cresce com ânsias de morte, tanto de nossas ideias quanto de nossxs companheirxs. O sangue anarquista se paga a bom preço, e quem está pagando este preço? Xs mesmxs anarquistas, isto significa que temos de repensar nossas estratégias de luta e nossas projetualidades, do contrário seguiremos enriquecendo o Estado e seu aparato de repressão através das fianças e do sofrimento de companheirxs. É óbvio que esta é a estratégia do Estado, debilitar-nos como movimento e meter o terror em nossas “fileiras”. A situação que se encontra vivendo o companheiro Mario Gonzalez é um exemplo disso, sem deixar de mencionar que este ensinamento não é novo, recordemos o que tem passado com nossos companheiros que por “atividades da noite” têm caído nas jaulas do sistema.
Assim que toda tortura, todo exercício de autoridade sobre nossxs companheirxs terá uma repercussão contra a partir do Estado, mas também isto tem que ter uma repercussão reflexiva e criadora a partir de nós. Isto implica repensarmos a maneira com que estamos intervindo com o conflito cotidiano na guerra social de uma maneira estratégica, o que não significa abandonar os caminhos de luta que estão abertos – como pode ser o confronto na rua – mas sim para elucidar os momentos em que a luta não signifique colocar a corda em nossos próprios pescoços e preparar o terreno para alargar a anarquia lutando em várias frentes de luta que possamos encontrar.
O papel que está jogando o Estado e seus/suas capangas de merda é o da criminalização do anarquismo e mostrando nomes e caras em seus meios de emburrecimento massivo, e é como querem provocar nossa quebra. Aqui há de ser mencionada a forma como o Estado nos está cutucando a ferida, como sucedeu com o encarceramento de algumxs compas presxs em 2 de outubro passado, incluindo Mario e sua recaptura imediata (de Mario) apenas colocando um pé fora do cárcere, assim como a repressão ao plantão solidário que sucedeu em dias posteriores, tudo isto com uma firme intenção provocadora. Por isso frente a ele é fundamental a reciprocidade entre xs que estão atrás das jaulas e xs que estão fora, a visibilidade de suas situações e a solidariedade, mas esta reciprocidade tem também que partir desde a iniciativa do grupo de companheiros mais próximos dxs presxs, quer dizer, o grupo de apoio, pelo que fazemos também um chamado a que a informação não seja unicamente via Facebook, via insegura que não protege o anonimato e que se comece a contrainformar também desde meios afins – que interem a companheirxs consequentes do México e do mundo – e a partir do capuz virtual que nos oferece o anonimato cibernético. Isto faz parte do combate à perseguição policial, não por nada xs compas foram presos antes de chegar à marcha.
Também queremos agregar o fato de que ainda que haja companheirxs que já se encontram fora da prisão, enquanto se encontrem sob processos ou investigações os compas seguem estando sob as garras judiciais, pelo que a solidariedade e os cuidados enquanto a segurança tem que fortalecer-se, já que as investigações policiais vão encaminhadas a conhecer os movimentos dxs anarquistas e suas relações, assim que esta responsabilidade tem que ser tomada em conta pelxs compas processadxs/investigadxs, para protegerem-se e proteger-nos das futuras repressões.
Assim que: Ânimo compa Mario! Que nunca derrotem nosso instinto de liberdade e uma saudação também àqueles que se mantêm na luta.
Solidariedade com o companheiro anarquista Mario Gonzalez e xs demais companheirxs enjauladxs/processadxs/investigadxs!
Viva à greve de fome e à decisão rebelde!
Presxs em guerra à rua!
Solidariedade ativa, direta e subversiva!
Fogo na sociedade carcerária!
Pela Anarquia!
Destrua as prisões!
México
Segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Tradução > Caróu
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Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...
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