[Anigav da Silva já participou de publicações de poesias, em zines e livretos. Editou alguns livros de putoesias como: “Senhorita Dona Navalha”, “Monólogo da Centelha”, “Retratos Sórdidos, Beijos no Cócix”, o romance “O Vaticano” e outros. Recentemente lançou mais um romance: “Tales – pequena moeda 200 réis de 1938”. Conversamos com ele sobre seu mais novo trabalho literário. Confira a seguir.]
Agência de Notícias Anarquistas > Você pode nos contar do que se trata seu novo trabalho, o livro “Tales – pequena moeda 200 réis de 1938”? É um romance?
Anigav da Silva < Ao som de Muddy Waters. Sim, é um romance. Uma nova maneira de escrever romance, baseado na criatividade rap. Kero dizer, na costura que é o rap e suas entrelinhas, saca!? Acho eu.
Essa obra é uma nova pintura na minha literatura onde uma pequena moeda (ke existe) vai contando as mãos ke a tocaram. Desde a cunhadeira em 1937 onde ela tem vida até 1942 onde ela perde valor, mas mesmo assim, caminha até 2008. Passou por várias situações e aventuras. Surrealism no is dead.
ANA > E como o anarquismo entra no livro?
Anigav da Silva < De duas maneiras: na arte de escrever o próprio romance e na década de 40, onde o livro faz uma homenagem contando a movimentação anarquista na década de 40 aki no Brasil.
ANA > E quanto tempo demorou para concluir este livro? Ele tem mais de mil páginas!?
Anigav da Silva < Uns quatro ou cinco anos acho eu. É… Até eu fiquei admirado por contar tantas paginas. Estava ela apenas rabiscando sem muitas pretensões, apenas lançar mais um romance para seu orgasmo triplo, pois acreditava ela ke literatura é só escrever e ponto. Dizia ke aprendeu com Nanû da Silva seu amikû. Também me confidenciou que estava no pensamento um desafio ke fez a si mesma, em não ser apenas um livro de ponte aérea, como diz um escritor ke se chama Rubens… não sei o ke. “Coisa besta de minha parte, aí me fiz esse desafio de escrever e quando dei por mim, 1015 páginas de muita pira, transpira y conspira”.
ANA > Você teve alguma rotina para escrevê-lo?
Anigav da Silva < Sem rotina. Mas o início foi no trampo escravo, nas horas vagas, depois imprimia e saía da cela e andava no corredor com ele pelos bares. Depois de um baseado, ele foi fluindo regado à cerveja e observações de terrákexs humanxs pela minha realidade. Descolei um liquidificador e saía à caça. Tudo era jogada lá dentro. Leitura. Terrákexs. Vida. Fumaça… Dúvidas. Pira, transpira y conspira. Ai foi só a parteira se aproximar, e daí nasceu minha filha. Tudo graças à rotação da terra e o movimento. Teve momentos de entocada no barraco, regado a vontade de rabiscar para terminar e começar outro que já estava no cérebro. Na correria com os meninos.
ANA > Pensa fazer uma apresentação pública da obra?
Anigav da Silva < Como assim apresentação pública? Ela é pública, procura leitorxs ke não temem a liberdade! Gostaria de vê-la fisicamente para poder transar com ela. Minha filha. No momento ela é virtual, mas logo logo ela vai nascer na forma física de livro com cheiro.
ANA > Foi você mesmo que editou o livro, no esquema “Faça Você Mesmo”? Como as pessoas podem adquiri-lo?
Anigav da Silva < Sim, no orgasmático punk Faça Nóis MemÛ. Sem editora para perfumar e colocar na prateleira com um código de barra. Assassinemos x policial ke existe em você na literatura. No momento ele está apenas gratuito para kem ker nesse endereço [link abaixo], é só baixar e gozar, mas logo estará fisicamente para o tatu [tato], cheiro e todos os sentidos humanos.
ANA > Você tem novos projetos de leitura?
Anigav da Silva < Então, com a morte da Anigav da Silva (saudades) pouco depois da morte de Nanû da Silva. Eu como amigo mais próximo onde acasalávamos num triângulo amoroso, devasso e às vezes morbidicamente orgasmático e nesse relacionamento transpirando e conspiramos junto o livro “O Diálogo”; esse livro conta o que a bíblia não conta dos 10 aos 30 a história de H.N.R.I. – Hórus Nazareno Reis do judeus regado a Diambe. Essa será nossa mais nova obra-mãe para vos mices leitorxs ke não temem a liberdade.
ANA > Para terminar, quem é Anigav da Silva na visão de Nanú da Silva?
Anigav da Silva < Uma persona non grata. Emma Flor Goldman Resta.
Para baixar o livro “Tales – pequena moeda 200 réis de 1938”, clique aqui:
https://app.box.com/s/4hghmt71stzkbdiev0bn
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!