[A partir de hoje, 22 de novembro, Alfredo M. Bonanno inicia um ciclo de palestras em cidades do Cone Sul, sobre o tema: “A luta insurrecional anárquica”. Ele estará em Montevidéu (Uruguai), Buenos Aires e Rosário (Argentina) e Santiago (Chile), respectivamente. Já no final do mês de dezembro, este “velho” anarquista italiano estará no México, participando das “Jornadas Informais Anárquicas 2013 – Simpósio Internacional”.]
Alguns dos eixos das palestras serão:
• A ciência e seu mito. O sonho de crescimento quantitativo e da posse. A necessidade de garantir o futuro. Basicamente, se trata de uma defesa contra a morte. Nascimento da conservação. Novos modelos conservadores e modulações novas do conceito de poder.
• Limites do conceito de “crise” do capital. Modelos tradicionais de análises do capital: o liberalismo e o marxismo. Limites da dialética e do conceito de superação. Que coisa é a superação? Análise das novas “piruetas” do capitalismo à luz do conceito de superação. Da rigidez a flexibilidade na produção.
• Conceito de participação. A perda da cultura. A perda de identidade. A separação entre incluídos e excluídos. A formação monolítica e centralizada da velha formação capitalista justificava a existência de partidos e sindicatos (também do modelo organizativo de síntese do movimento anarquista.). A atual formação social e econômica do capital, flexível e desregrada, torna impossível a existência tradicional de partidos e sindicatos e transforma em fantasma a concepção de síntese do movimento anarquista. O nascimento de grupos anarquistas de afinidade. A luta insurrecional como forma mais adequada de resposta às mudanças do domínio capitalista moderno.
• Participação no domínio significa participação no controle do Estado e aceitação do próprio rol de excluídos. A função social do voluntariado no social e nas novas estruturas produtivas da fábrica. Controle do desejo e a construção do que é preciso desejar.
• A revolta insurrecional. O projeto: limites e possibilidades. A destruição do trabalho. As novas formas de repressão. Destruição.
• A impossível passagem entre a formação econômica controlada pelo capital e a que se pensava que pudesse ser controlada pelos trabalhadores. Não havendo nada que herdar da velha formação capitalista é necessário destruí-la começando agora sem esperar a conclusão de uma “crise” resolutiva que não existe e é uma ilusão da dialética marxista da história. Destruição e relação entre teoria e ação. É possível nomear (por exemplo) a destruição? Limites da palavra e o ilimitado da ação. Destruição como desenvolvimento total de nós mesmos. Teoria à espera. Ação e tomar a iniciativa. Revolta difusa, irrefreável, generalizável. O futuro pertence a nós.
agência de notícias anarquistas-ana
olhando para trás
meu traseiro cobria-se
de cerejeiras em flor
Allen Ginsberg
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!