Um ano após a greve de 14N saiu a sentença contra o companheiro Xurxo, na qual ele é condenado a um ano de prisão, um mês de multa e uma indenização de 150 euros ao policial supostamente agredido. Tudo isso por um delito de “atentado contra agente da lei, causando lesões”.O incidente ocorreu na área industrial de Tambre, em Compostela, na manhã do dia da greve. Depois de uma noite de tensão, com ameaças constantes da polícia e identificações, um policial da tropa de choque começou a perseguir o nosso companheiro por supostamente “colar um adesivo” em uma van da polícia. Em seguida, ocorre uma carga violenta contra todo o piquete; Xurxo é detido brutalmente, sendo derrubado no chão entre vários agentes.
Esta condenação vem depois de uma escalada repressiva subsequente a greve, que nos meses posteriores adicionou à lista de detidos e represaliados um companheiro deste sindicato e uma companheira que fazia parte do nosso piquete, que além de passarem a noite na cadeia, sofreram duas buscas domiciliárias.
Finalmente, o caso foi arquivado porque não havia provas contra eles. Parece incrível que, sem ter evidências ou provas, se possa usar uma medida tão agressiva como uma busca de domicílio, e que nós entendemos que tem como única finalidade amedrontar a militância deste sindicato e dos movimentos sociais.
Não é de espantar, no entanto, uma vez que nos últimos anos a capital da Galícia está se tornando uma espécie de experimento repressivo, com um controle policial sem precedentes da militância anticapitalista, detenções arbitrárias, buscas e retenções, registros domiciliares, multas elevadíssimas e sistemáticas, penas de prisão e manipulação da opinião pública através da mídia, que são porta-vozes autênticos do Ministério do Interior.
Ante tudo isso, só podemos dizer que seguimos e seguiremos lutando por nossas vidas, e que não haverá polícia ou juiz para nos parar. Nenhuma agressão sem resposta!
Secretaria de imprensa e comunicação – CNT Compostela
agência de notícias anarquistas-ana
Entre as ruas, eu,
e em mim, eu em outras ruas,
sob a mesma noite.
Alexei Bueno
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!