Neste 27 de março vários companheiros do Sindicato de Enseñanza en Int. Social (Sindicato de Ensino e Intervenção Social) da CNT-AIT Madri, junto com companheiros da Juventude Libertária de Madri e outros companheiros anarquistas, interrompemos a reunião final da manifestação do Sindicato dos Estudantes. O objetivo era demonstrar a este sindicato o que ele é: um sindicato vendido e traidor. Um sindicato que passou anos desarticulando a luta estudantil, transformando o movimento em uma escola de aprendizagem da política parlamentar, levantando líderes e dirigentes que decidam pelos estudantes. Como anarquistas, não vamos deixar que nos dirijam, nem vamos ficar de braços cruzados assistindo a um bando de políticos mesquinhos instituídos instaurando a paz social para começar a carreira política neste sistema de miséria. Sua aparência de luta é apenas uma forma de tentar nos enganar: são parte do problema, são aqueles que querem nos governar amanhã.
Por isso, depois de sua mani-passeio, com cantos e bandeiras reformistas, com slogans sexistas e homofóbicos, implantamos uma faixa com o lema “Sindicato Traidor. A luta será horizontal, sem líderes oportunistas”, pretendendo evitar um discurso político sujo e bem ensaiado, preparado para doutrinar e acalmar os ânimos, apesar de mais de 50 detidos nesta greve. E é o que queremos deixar claro: que tentam nos comandar, que só traíram-nos porque são parte do poder que nos oprime e que por isso são traidores dos estudantes. Junto com membros da CCOO [Comissões Operárias], outro sindicato traidor de mais de trinta anos vendendo a classe trabalhadora ao Estado servindo de apaziguador, o Sindicato dos Estudantes defende seu modelo vertical, hierárquico e amarelo; nunca foi visto defendendo os interesses dos estudantes contra os dirigentes e seus cães policiais. É óbvio o lado da guerra social em que se encontra cada um: eles defendem este sistema e querem o poder – nós queremos destruí-lo para construir um mundo novo, horizontal e livre.
Seguiremos nas ruas, lutando sem líderes nem hierarquias, ingovernáveis contra todo aquele que detém o poder.
Sindicato de Ensino e Intervenção Social da CNT-AIT de Madri
agência de notícias anarquistas-ana
aquela caverna
triste, fria e sombria
é seu espelho
Marcelo Santos Silvério
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!