Nos últimos meses estamos passando por uma nova ofensiva totalitária, por parte do Estado e de seus aparatos repressivos. O Regime vai aprovar a criação das chamadas prisões de “condições de detenção especiais” nos próximos dias: trata-se de um verdadeiro inferno, uma prisão dentro da prisão já existente, cujo fim é a mutilação mental e trituração da personalidade dos encarcerados.
Os detentos nestas novas prisões não terão o direito de solicitar a permissão para deixar a prisão nem mesmo por algumas horas, tampouco o direito de solicitar a suspensão da sua sentença. As condições de detenção serão terríveis: os detidos estarão literalmente trancados em sua cela 23 horas por dia, sem ter qualquer contato pessoal ou coletivo. Suas celas estarão localizadas em uma seção especial, totalmente isolada das outras. A comunicação dos detidos com o mundo será escassa ou inexistente, uma vez que as visitas que poderão receber serão significativamente limitadas, seu tempo de duração, bem como as chamadas telefônicas que podem ser feitas.
Haverá o controle absoluto e direto, onde agentes de vários órgãos da Polícia serão instalados nessas prisões e serão eles, e não os funcionários penitenciários, que irão lidar com o monitoramento de presos e de suas celas – com qualquer transferência e em geral com sua vigilância constante 24 horas por dia. Os policiais da denominada Unidade Antiterrorista poderão invadi-las e proceder a verificações, ou seja, insultar, maltratar e até mesmo torturar prisioneiros.
Os prisioneiros colocados nestas prisões-inferno serão todos os acusados ou detidos por roubo ou extorsão, os presos políticos, os que foram condenados a mais de dez anos de prisão, os que participaram de motins e, em geral, todos aqueles que são qualificados como perigosos pelos aparelhos repressivos do Regime. Em cada um desses presídios haverá um fiscal penitenciário, que será o déspota, prestando contas perante os dignitários do Regime.
Ao mesmo tempo os delatores desfrutarão de um tratamento especial. A nova lei penitenciária prevê uma série de privilégios para os presos que cooperarem com as autoridades, dando informações que levem à prisão de outros, especialmente os acusados de atos “terroristas”. Este tratamento privilegiado incluirá a suspensão de suas sentenças e poderá chegar a sua libertação.
Os presos em várias prisões já começaram os protestos contra a criação desses presídios-infernos de “condições de detenção especiais”. Na quinta-feira, 27 de marco, aconteceu em Tessalônica uma concentração debaixo de chuva. Na sexta-feira, 28 de março, vai ser realizado em Atenas a primeira manifestação-marcha massiva contra este novo totalitarismo e repressão da Idade Média. A concentração será às 18h no Propyleos da velha Universidade, no centro de Atenas.
O texto em castelhano aqui:
agência de notícias anarquistas-ana
A orquídea –
a cada instante
o silêncio é outro.
Constantin Abaluta
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!