Umas 700 pessoas se manifestaram no domingo, 6 de abril, do lado de fora da prisão de Domokós contra a criação de “prisões de segurança máxima” dentro das já existentes. Os manifestantes, em sua maioria anarquistas e antiautoritários, chegaram a Domokós em ônibus, vindos de Atenas, Tessalônica, Patras, Lárisa, Volos, Tríkala e Karditsa.
Nem todos chegaram ao mesmo tempo em Domokós. Os que chegaram antes do meio-dia distribuíram panfletos e abriram uma faixa na praça maior do povoado. Um pouco depois do meio-dia, começaram uma marcha ao cárcere. Ao mesmo tempo se aproximaram alguns dos ônibus que haviam saído de Atenas e Tessalônica. A polícia havia bloqueado o acesso à prisão com furgões e policiais alinhados a uns 200 metros do recinto.
Por causa do alto muro da prisão e da distância dos manifestantes dela, não houve contato visual direto entre os presos e os manifestantes durante a manifestação. Entretanto, dentro da prisão se escutava claramente os lemas gritados pelos manifestantes. Até a retirada da manifestação até o povoado, umas duas horas depois de sua chegada às proximidades da prisão, os enfrentamentos com as forças repressivas foram limitados. Eclodiram quando umas pessoas romperam o cordão policial e se aproximaram da prisão.
Ao começar a retroceder até o povoado, uma grande parte da marcha, um bloco havia ficado para trás, recebendo os disparos por parte dos policiais. Novos enfrentamentos eclodiram quando a Polícia investiu outra vez contra os últimos dos que estavam voltando, próximo do estacionamento dos seus ônibus. Nesta ofensiva das forças de segurança, fizeram uso de grande quantidade de gases lacrimogêneos. Os manifestantes, entretanto, não se dispersaram. Ao detectar no estacionamento um carro com uns policiais secretos, os fizeram fugir. Meia hora mais tarde todos os ônibus partiam de volta as suas cidades de origem.
A Polícia deteve durante mais de uma hora um dos ônibus que estavam voltando a Tessalónica, na estrada nacional, na altura de Lárisa. Pediu a todos os passageiros do veículo que mostrassem aos policiais, suas carteiras de identidade, dizendo-lhes com antecipação que seriam detidos os que não apresentassem. A Polícia recolheu as identidades e em seguida trouxe ao furgão que acompanhava o ônibus os fascistas do partido Aurora Dourada, assim que eles “identificaram” as pessoas que segundo eles haviam atacado seus escritórios na cidade de Fársala! Os manifestantes se negaram categoricamente a participar neste processo de identificação com policiais e fascistas, e ficaram dentro do ônibus. A Polícia foi tirando em grupos de dez as pessoas do ônibus, e as levou à delegacia de Lárisa.
Em Atenas umas 800 pessoas se manifestaram em uma praça ao lado da prisão de Koridalós. Gritaram vários lemas, se pintaram palavras de ordem e realizou-se um evento informativo por megafone. Em seguida realizou-se uma marcha pelas ruas do bairro. Ao passar da marcha, por uma das seções da prisão, os presos tiraram uma bandeira vermelho e negra. Ao passar pela prisão de mulheres, os manifestantes viram dois cartazes colados fora das celas, que diziam: “Raiva e consciência” e “Fogo a todas as celas”. As presas gritaram muitos lemas, participando deste modo na manifestação.
Manifestações e eventos informativos contra a criação de “prisões de segurança máxima” foram realizadas também em Patras, Heraclión, Igumenitsa e Ioánnina.
Μais fotos da manifestação em Domokós aqui:
https://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1521364
Μais fotos da manifestação em Atenas aqui:
https://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1521297
https://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1521285
O texto em castelhano aqui:
Tradução > Sol de Abril
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