Madri, 5 de abril de 2014.
Convocadas pela CNT-AIT e Juventudes Libertárias, uma centena de pessoas se manifestaram em Madri contra a repressão policial. Se iniciava às 19h20 uma marcha a partir da rua Atocha, encabeçada por uma faixa com o slogan “Cada golpe nos faz lutar com mais raiva“, até a praça de Tirso de Molina, que terminou com a leitura de um manifesto em que os organizadores denunciaram “o aumento da onda repressiva por parte do Estado contra os movimentos sociais e a cidadania”.
Esta manifestação serviu ao encerramento das “Jornadas Antirrepressivas”, organizadas desde 15 de março em Madri pela CNT e Juventudes Libertárias.
Folheto distribuído na manifestação
Nos últimos tempos, em toda a extensão do Estado espanhol, estamos vivenciando uma onda repressiva contra todos aqueles movimentos sociais e políticos que afrontam a violência e exploração do Estado e do Capital. Nos últimos meses temos visto a detenção de muitos companheiros, terminando alguns privados de liberdade: o Estado se fecha sobre si mesmo para se defender, para defender os privilégios da classe dominante, dos capitalistas e da classe política que nos exploram todos os dias, vivendo de nosso sangue, e que precisa de nós com cabeça abaixada para fazê-lo.
No entanto, como anarquistas, não nos admira este golpe repressivo: sabemos quem são nossos inimigos e não são entidades abstratas, são pessoas com nomes – os políticos que legislam para controlar cada minuto da nossa vida e para suprimir qualquer forma de luta, a fim de manter este sistema hierárquico e autoritário; a polícia que nos sequestra, encarcera e tortura; os diferentes meios de desinformação que nos criminalizam, que geram uma opinião pública imutável, espalhando medo mediante uma linguagem sensacionalista, de manipulação e distorção mais evidente. São aqueles que observamos e contra os que lutamos dia a dia, os que sustentam o sistema que queremos e vamos destruir.
“Os anarquistas não saem domados das prisões (…), e sim mais firmes em seus propósitos, mais seguros em seus objetivos.” B. Durruti
CNT-AIT e Juventudes Libertárias
http://antirrepresion.noblogs.org/
agência de notícias anarquistas-ana
Não esqueças nunca
o gosto solitário
do orvalho
Matsuo Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!