Paris, 29 de março de 2014.
Ao Exército Zapatista de Libertação Nacional,
Às Juntas de Bom Governo,
Aos Municípios Autônomos Rebeldes Zapatistas,
Reunidos em Paris, entre os dias 28 e 30 de março de 2014, na “Maison des Métallos” (Casa dos Metalúrgicos) para continuar celebrando o vigésimo aniversário do levante zapatista, queremos dizer o seguinte:
Durante estes dias, nos juntamos na ocasião da exposição “Os 20 anos do zapatismo através das obras de Beatriz Aurora”, que convocou centenas de pessoas, também na ocasião da publicação do áudio-livro “Contes rebelles. Récits du sous-commandant Marcos”, em que alguns de seus leitores vieram apresentar, e também em ocasião do debate público “Outra realidade chamada autonomia”. Nestes dias, nos enchemos de alegria ao ver o caminho percorrido pelos povos zapatistas durante estes vinte anos e os avanços na construção da autonomia que os alunos da Escolinha têm podido observar e vão compartilhando com cada vez mais pessoas. Olhar a luta zapatista, sua capacidade para buscar novos caminhos, nos contagia de energia rebelde e faz maior nossa esperança de outros mundos não capitalistas; é fonte de inspiração para construir, em nossos lugares, espaços de luta e de liberdade.
Por tudo isso, lhes mandamos uma mensagem de respeito e admiração, e também muitas felicidades por este aniversário de vinte anos, que não nos cansamos de celebrar.
Queremos expressar nossa solidariedade com os companheiros da comunidade “10 de Abril”, do Município Autônomo Rebelde Zapatista “17 de Novembro” que, nos últimos dias do mês de janeiro, têm sido brutalmente agredidos por parte de membros da CIOAC que tentaram despejá-los das terras recuperadas em 1994. Denunciamos essas agressões, assim como os demais atos de perseguição que sofrem outras comunidades zapatistas, tal como foi denunciado pelas cinco Juntas de Bom Governo.
Com indignação, denunciamos o selvagem assassinato, em 21 de março passado, de Juan Carlos Gómez Silvano, coordenador da Sexta Declaração da Selva Lacandona da comunidade de San Sebastian Bachajón, comunidade que, faz tempo, sofre uma forte repressão por opor-se aos projetos de desenvolvimento turístico que pretendem despejá-los de suas terras.
Expressamos nossa solidariedade com a resistência da comunidade San Sebastian Bachajón e exigimos que se ponha fim às violências contra seus membros.
Aqui, na “Maison des Métallos” de Paris, somos muitos olhares que olham até Chiapas. Vemos os atos de destruição e morte que fomentam os poderosos e também vemos o que constroem os povos zapatistas e as maneiras de organizar-se e de viver juntos que vão criando. Somos muitos corações que nos emocionamos ao ver as pinturas de Beatriz Aurora como janelas ao zapatismo, ao escutar os contos rebeldes do Subcomandante insurgente Marcos, ao ouvir tantos relatos da Escolinha zapatista. Somos muitos braços que lhes mandamos um abraço, em nosso desejo comum de criar os mundos dignos que merecemos.
Federação Anarquista Francófona
Tradução > Sol de Abril
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Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...
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Olá, me chamo Vitor Santos e sou tradutor. Posso traduzir do Inglês, Espanhol, Alemão, Italiano e Catalão. Inversamente, somente do…