No dia seguinte à manifestação nacional de 12 de abril, é hora dos balanços.
1. O objetivo desta marcha era de retomar o espaço da rua frente aos reacionários e de demonstrar que a direita e a FN [Frente Nacional] não tinham o monopólio da oposição ao governo. Deste ponto de vista, foi indubitavelmente um sucesso e devemos nos felicitar. Três dias após o fracasso do “Dia de Cólera” programado pela extrema-direita em várias cidades da França, 50 mil pessoas desceram às ruas [de Paris] para denunciar a política do governo Hollande-Valls, sobre bases sociais e mesmo anticapitalistas.
2. A manifestação teria mais êxito, entretanto, se as organizações sindicais e as associações de luta fossem mais intensamente representadas. Elas hesitaram bastante a vir, em razão das grosseiras tentativas de instrumentalização da Frente de Esquerda, que o Alternative Libertairepontuara várias semanas antes.
3. Face às pretensões hegemônicas, os revolucionários, os anticapitalistas, os libertários não baixaram a guarda. Em torno do Alternative Libertaire por um lado, do NPA por outro, constituiu-se, no seio da manifestação, um pólo anticapitalista que reuniu em torno de 1.000 manifestantes, dos quais quase a metade sob as cores vermelho e negro. Obrigado aos camaradas da FA [Federação Anarquista francófona], da CGA [Coordenação de Grupos Anarquistas] e da CNT [Confederação Nacional dos Trabalhadores] que uniram-se. Neste pólo anticapitalista emergiu pela primeira vez um apelo ecologista e antiprodutivista ao qual Alternative Libertaire associa-se.
4. Este sucesso deve incitar-nos à renovação da proposição dos pólos anticapitalistas e autogestionários o mais rápido possível. É fazendo frente, sem, entretanto, se diluir, que as forças anticapitalistas poderão ser ouvidas, e propor uma alternativa às ilusões republicanas, reformistas e nacionalistas. A este respeito, e no capítulo das anedotas, assinalemos a tentativa de intervenção de um grupo de fantoches dieudonistas em nossas fileiras, à força de cânticos e saudações fascistas. Eles queriam testar nossa permissividade: deram um tiro no pé. Que o diga a fascistosfera.
5. A mobilização de 12 de abril mostrou que o governo não terá caminhos livre para continuar a engordar o patronato e pisotear nossos direitos sociais. Trata-se de, no presente, multiplicar a mensagem, por toda a França, no Primeiro de Maio.
Alternative Libertaire, 14 de abril de 2014.
Tradução > Allyson Bruno
agência de notícias anarquistas-ana
Telhado de zinco —
O céu estrelado imita
O chão do meu quarto?
José Alberto Lopes
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!