Faz cinco meses que o/as companheiro/as Mónica Caballero e Francisco Solar se encontram encarcerados sob o regime FIES e dispersados no território do estado espanhol. Estão em prisão preventiva, a espera de julgamento, acusado/as, junto a outro/as três detido/as (que agora estão em liberdade condicional) de pertencer a uma organização terrorista, danos consumados e tentativas de danos.
Francisco Solar acaba de ser transferido para a prisão de Villabona, nas Asturias. Depois de passar três meses na prisão de Córdoba, onde esteve todo tempo em isolamento, com a dificuldade constante para fazer chamadas e com a ameaça persistente de retirarem todas as comunicações, agora o transferem de novo, e já é o terceiro cárcere a que é destinado neste tempo.
Mónica Caballero continua em Brieva (Ávila), uma prisão muito pequena, com capacidade para apenas 150 pessoas, onde tem contato com outras presas, e acesso a oficinas. Tem visitas e chamadas telefônicas autorizadas. Tanto ela, como Francisco, tem todas as comunicações, sejam visitas, chamadas ou cartas vigiadas.
É evidente que as condições carcerárias adversas que tem vivido Francisco e Mónica buscam quebrá-los, minar suas forças, e seu firme posicionamento rebelde desde o qual se situam, também, atrás das grades. Frente a esta desprezível estratégia, cabe ressaltar a fortaleza de ambos, dando cara a esta máquina repressiva, altivo/as, forte, orgulhoso/as e íntegro/as.
Esta última transferência de Francisco, busca também golpear e desarticular os diferentes laços de solidariedade que foram gerados a nível de apoio direto e prático, com nosso/as companheiro/as. Desde já dizemos-lhes que nenhuma transferência, nem nenhuma nova fórmula repressiva (como a recente campanha midiática que busca “satanizar” o financiamento aos reprimidos por este caso) minará nossa solidariedade ativa, aquela que sabemos tanto incomoda ao poder.
Para que ninguém se sinta só no território hostil que representa os cárceres. Para que o/as carcereiro/as não se sintam intocáveis e cometam impunes seus abusos. Para que a palavra solidariedade se carregue de sentido e inunde nossas vidas. Para que nossos laços de companheirismo se fortaleçam. Para que nossa luta se nutra com a prática de nossas teorias. Para que nosso cotidiano tenha o sabor da anarquia… São necessários alguns ingredientes que ninguém nos pode dar ou emprestar: Senti-lo. Pensá-lo. Fazê-lo. Sempre é o momento.
Morte ao estado e viva a anarquia!
Barcelona, 11 de Abril, 2014.
Para escrever para ele/as:
• Mónica Caballero Sepúlveda Centro Penitenciario Ávila Ctra. de Vicolozano-Brieva, s/n 05194 Brieva Ávila (Espanha)
• Francisco Solar Domínguez Centro Penintenciario de Villabona Finca Tabladiello 33480 Villabona-Llanera Asturias (Espanha)
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Mamonas estalam.
Os cachos da acácia
Parecem imóveis.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!