[Publicamos o texto do cartaz de uma manifestação-evento informativo convocado para 20 de maio de 2014, em frente à Embaixada do México em Atenas, pelos solidários anarquistas, antiautoritários e libertários da Grécia com os zapatistas. A concentração, o evento informativo por megafonia e a distribuição de textos informativos vão acontecer em virtude dos últimos acontecimentos e ataques paramilitares armados às comunidades autônomas zapatistas.]
Crescem os sinais de guerra em Chiapas
2 de maio de 2014: Ataque armado de paramilitares às Bases de Apoio Zapatistas da Comunidade A Realidade. Durante o ataque é assassinado o companheiro Galeano, outros quinze zapatistas ficam feridos, são destruídos o hospital e a escola autônoma, assim como a da rede de irrigação.
30 de janeiro de 2014: Ataque armado de 300 paramilitares às Bases de Apoio da Comunidade 10 de Abril, na região de Morelia. No ataque, seis zapatistas são feridos, dos quais três gravemente. O objetivo do ataque é a apropriação das terras dos zapatistas.
Os ataques mencionados anteriormente estão integrados no planejamento político central do Estado do México, cujo objetivo é a repressão da autonomia zapatista. O nome deste plano é “contra-rebelião” ou “guerra de baixa intensidade”. O processo é bem conhecido: assumir o controle dos territórios recuperados pelos zapatistas rebelados, com táticas de invasão e de deslocamento, chamado “conflito intra-comunitário” e realizado por grupos paramilitares. Esta invasão é legitimada pelo Estado, que se apresenta como um “mediador neutro da pacificação” e os territórios zapatistas passam para as mãos dos invasores. Nesta guerra, os meios de desinformação em massa desempenham um papel predominante, já que com as suas reportagens forjadas (manipuladas) se encarregam de difamar a luta dos zapatistas.
Do México à Grécia, o capitalismo condena milhões de pessoas à miséria econômica e social, destrói os recursos naturais, gera enormes contradições sociais, espalha o medo e o desespero, engendra (alimenta) o canibalismo social. Do México à Grécia, o Estado e o Capital reprimem juntos, exterminam, difamam os ativistas sociais e as lutas.
Nos identificando como uma peça deste mosaico universal de lutas e resistências sem mediadores, expressamos nossa solidariedade com o povo zapatista, e unimos as nossas vozes para que cheguem ao companheiro Galeano. São umas vozes que dizem que a luta por um mundo de liberdade, igualdade, dignidade e solidariedade, sempre estarão sendo ecoadas, em todos os lugares, até a vitória final…
A dignidade rebelada não se rende, não se vende!
Solidariedade com as comunidades zapatistas rebeladas!
Concentração, informação por megafonia: Terça-feira, 20 de maio, na Embaixada do México, Praça Kolonaki, Atenas.
Solidários anarquistas, antiautoritários e libertários
O texto em grego, castelhano:
Notícia relacionada:
http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2014/03/27/grecia-por-que-somos-a-sexta/
agência de notícias anarquistas-ana
um dia a casa cai
e nasce dos seus escombros
um novo haikai.
José Carlos de Souza
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!