Queremos agradecer a todxs estxs companheirxs que nos deixaram recentemente, seu trabalho durante toda suas vidas a frente de um ideal como é o anarquismo, participando de momentos chave do movimento, legando-nos a estas gerações atuais e futuras uma grande ferramenta da luta como é a CNT.
Que a terra os seja leve!
Na foto em anexo, da esquerda a direita e de cima para baixo: Jesús de las Muelas Montalbán, Aurora Molina Iturbe, Salvador Gurucharri Ochoa, Concha Liaño Gil e Antonio Torres Morales.
Jesús de las Muelas: Faleceu no último 10 de abril na idade de 94 anos. Desde muito cedo militou nas Juventudes libertárias. Durante a guerra, se alistou e combateu na Coluna do Rosal. Foi detido em Madri e confinado no convento-prisão de Porlier. Posto em liberdade, tratou de reorganizar a Confederação. Desde a Transição militou no Sindicato de Transportes da CNT em Madri.
Aurora Molina: Faleceu no último 10 de abril, em Gijón, na idade de 91 anos. Filha de militantes históricos da CNT e da FAI, Juan Manuel Molina (“Juanel”) e Lola Iturbe, se casou com Ramón Álvarez Palomo. Além de ter vivido a Guerra Civil e o exílio, possuía uma vasta cultura fruto de suas leituras e sua formação na Escola Racionalista de Barcelona, de inspiração libertária. Nos últimos anos de sua vida acabaria militando na CGT.
Salvador Gurucharri: Faleceu no último 13 de maio. Ingressou na seção londrinense da CNT e da FIJL em 56, participando no processo de reunificação da CNT em 1960 e na realização das fases preparatórias da Defesa Interior, organismo criado para acabar com Franco. Detido em 1963 em um macro ataque das autoridades francesas contra os meios libertários, em 1965 marcharia a Bruxelas para constituir a delegação exterior da FIJL. Em sua volta à Espanha em 1976, se situou na corrente oficial sem participar no desagregador V congresso. Nos anos 90 milita na CNT desfederada da Catalunha. Dirigiu o Solidariedade Obreira de Joaquín Costa até 1999 e é o autor da Bibliografia do anarquismo espanhol 1869-1975, Anotações para uma bibliografia fundamentada (Barcelona, 2004).
Concha Liaño: Faleceu no último 19 de abril em Caracas (Venezuela). Ligada desde os 15 anos à FIJL, em 1935 fundou junto a outras mulheres libertárias a Agrupação Cultural Feminina, levando pouco mais tarde à fusão em Mulheres Livres. A explosão da guerra a fez participar no Comitê Revolucionário de Sant Martí. Frente à derrota, se exilou na Franca, conseguindo fugir dos campos de concentração, acabando finalmente na Venezuela. Nos últimos anos de sua vida simpatizaria com o processo bolivariano de Hugo Chávez.
Antonio Torres: Faleceu no último 14 de maio. Filiado à CNT desde os 14 anos, até a atualidade em Málaga. Ao estampido da guerra se alista como voluntário na Coluna Liberdade. Ao entrar as tropas franquistas em Málaga, fugiu pela estrada da costa até Almería. Posteriormente acudiria a Barcelona para trabalhar em uma fábrica de material de guerra coletivizada pela CNT. Em poucos dias Antonio se envolve novamente como miliciano, nesta ocasião na frente de Huesca dentro da Coluna Carlos Marx, mandada por comunistas. É detido durante os acontecimentos de Maio de 1937 e em 1939 seria feito prisioneiro pelos franquistas, passando pelos campos de concentração de Logroño e Miranda de Ebro. Já em Córdoba formaria parte do Batalhão de Trabalhadores Escravos. Já livre em 1940, regressaria a Málaga.
Tradução > Caróu
agência de notícias anarquistas-ana
Num galho seco,
Um corvo pousado.
Tarde de outono.
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!