[Neste post vamos publicar informações sobre as mobilizações anarquistas realizadas em 20 de maio de 2014 em Atenas e Patras, em solidariedade às comunidades zapatistas, que há poucos dias receberam um ataque armado por parte dos grupos paramilitares. A seguir, o boletim informativo dos “solidários anarquistas, antiautoritários e libertários”.]
Na terça-feira, 20 de maio de 2014, no bairro central de Atenas Kolonaki, aconteceu uma concentração e marcha em solidariedade às comunidades zapatistas rebeldes e, em particular, às Bases de Apoio da Comunidade La Realidad, que receberam um ataque armado de grupos paramilitares, em que foi assassinado o companheiro zapatista Galeano e 15 outros zapatistas que ficaram feridos.
Na mobilização, chamada por “solidários, anarquistas, antiautoritários e libertários”, participaram uns 300 solidários de espaços autogestionados, coletivos políticos, sociais e de classe, assembleias de bairros e vários ativistas. Por mais de uma hora e meia, na praça Kolonaki, e por meio de uma aparelhagem de som, ecoaram mensagens contrainformativas e de apoio a luta dos zapatistas. A praça estava cheia de gente, faixas, solidariedade e raiva. Centenas de panfletos informativos sobre a guerra de “baixa intensidade” e os ataques contra as comunidades zapatistas rebeldes, bem como o texto do EZLN “A dor e a raiva” foram distribuídos, enquanto as ruas do centro de Atenas foram “entupidas” de folhetos.
Durante a concentração foi decidido por todos a realização de uma marcha desde a praça de Kolonaki ao bairro de Exarchia. Os participantes marcharam pelas ruas do centro com faixas que diziam: “Crescem os sinais de guerra em Chiapas, solidariedade com as comunidades zapatistas rebeldes”, “O Estado do México assassina, o companheiro Galeano caiu morto por balas de paramilitares”, “Solidariedade com as comunidades zapatistas, autonomia”; e gritando palavras de ordem como: “Nas ruas de Atenas, nas montanhas do México, um dia a rebelião será realidade em todos os lugares”, “Nosso inimigo é o Estado e o capitalismo, o companheiro Galeano está vivo”, “A solidariedade é a arma do povo, guerra contra a guerra dos patrões”, “Quem tem razão são os rebeldes, não os cafetões e os submissos” etc.
A concentração e a marcha foram o produto de uma série de assembleias abertas feitas nos dias que antecederam o ato, após um chamado dos “solidários, anarquistas, antiautoritários e libertários”, em que participaram grupos e indivíduos de espaços (centros sociais) autogeridos, coletivos políticos, sociais e de classe, assembleias de bairros, solidários e solidárias com os zapatistas. As características da mobilização, bem como o cartaz-chamada que foi colado no centro de Atenas e em vários bairros por coletividades e pessoas solidárias, foram decididas coletivamente.
Nos identificando como uma peça deste mosaico universal de lutas e resistências sem mediadores, expressamos nossa solidariedade ao povo zapatista, e unimos as nossas vozes para que cheguem ao companheiro Galeano. São umas vozes que dizem que a luta por um mundo de liberdade, igualdade, dignidade e solidariedade, sempre estarão sendo ecoadas, em todos os lugares, até a vitória final…
Fonte e mais fotos aqui: solidarioszapatistas.espivblogs.net.
Também, no mesmo dia, na cidade de Patras, a terceira cidade mais populosa do território do Estado grego, aconteceu uma concentração de solidariedade aos zapatistas, e contra os ataques de paramilitares armados que causaram o assassinato do companheiro Galeano. A concentração foi convocada pelos grupos anarquistas Dissinios Ippos e Dinamitera, e realizado no centro social autogestionado Parartima. Durante o evento várias faixas foram desfraldadas, cartazes colados, panfletos informativos distribuídos e espalhados milhares de folhetos.
Fonte e fotos dos cartazes e folhetos distribuídos aqui: ipposd.wordpress.com.
O texto em castelhano:
Notícia relacionada:
agência de notícias anarquistas-ana
Quão glorioso,
Nas folhas verdes, folhas tenras,
O brilho do sol!
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!