Comunicado:
1901 – 113 anos de luta contra o Capital e seus representantes – 2014
A Federação Operária Regional Argentina [FORA], genuína defensora dos trabalhadores, completou mais um ano de vida. Aquele 25 de maio de 1901, aproveitando o feriado pelos festejos burgueses da “Revolução de Maio”, organizações operárias de diferentes cidades da região argentina se reuniram para realizar suas aspirações de dar vida a uma organização que sintetizara todas as suas aspirações humanas de solidariedade e liberdade.
Daí surgiu a Federação Operária Argentina – a partir de 1904, Federação Operária Regional Argentina – que imediatamente começou a crescer e promover a organização em todos os sindicatos e locais de trabalho, identificando os trabalhadores com os seus princípios e métodos de luta. Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que, quando o movimento operário esteve orientado pelas ideias da FORA, desfrutou de uma saudável atividade no campo sindical e, através da Federação os trabalhadores, levaram suas reivindicações para além das meras conquistas econômicas ou trabalhistas, dedicando todos os seus esforços na luta revolucionária para acabar com o estado atual das coisas.
Conhecidos são os feitos heroicos os quais o proletariado da região argentina demonstrou com a sua capacidade de ação e luta contra os capitalistas e seu guardião, o Estado. Por isso é que a FORA sempre foi perseguida – em qualquer das formas que se apresente a imposição capitalista: ditadura ou democracia -, sendo seus militantes deportados, encarcerados e/ou assassinados; seus locais fechados ou dinamitados; a imprensa proibida e atacada, até quase acabar por completo com a Federação.
Com o tempo, o Estado conseguiu a reconciliação com o movimento operário, com uma atitude paternalista, reduzindo-o a um mero aparato, útil e manipulado para os seus fins. As experiências de sindicalismo – que conseguiu vencer com o amparo do Estado e dos patrões, enquanto que a FORA foi reprimida e proibida -, nos demonstra que a lei, a representação, as negociações com o Ministério do Trabalho como mediador, o centralismo, entre outras características próprias desta tendência traiçoeira e conciliadora, são nefastas aos trabalhadores e nos leva à ruína.
Hoje, tal qual como aqueles trabalhadores que se reuniram em 25 de maio de 1901, seguimos mantendo a livre associação para resolver os nossos problemas, sem intermediários ou representantes, a solidariedade entre os explorados e a luta pela emancipação de todas e todos os seres humanos. Estes postulados, longe de ter caducado, adquirem uma importância vital neste momento em que reina a perseguição, a ditadura sindical, a repressão estatal, a perda das conquistas dos trabalhadores feitas com tanta entrega pelos companheiros do passado.
Então, é necessário hoje, mais do que nunca, retomar as práticas solidárias e estreitar os laços entre iguais, sem hierarquias. Só assim poderemos começar a mudar o curso desta realidade que dia a dia nos oprime e nos angústia cada vez mais.
Portanto, te convidamos a participar ativamente na FORA, para recuperar o poder de decisão em nossas vidas, e gerir por nossa própria conta, sem delegar para ninguém as nossas responsabilidades, o caminho para a completa transformação desta sociedade desumana que nos reduz a mercadorias.
Solidariedade e ação direta contra o Estado e o Capital!
Pelo Comunismo Anárquico!
fora-ait.com.ar
agência de notícias anarquistas-ana
Não nos ouvem
as pedras.
Que fazem elas?
Marien Calixte
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!