Nesta terça-feira (27 de maio), centenas de pessoas voltaram a se manifestar pelas ruas do bairro de Sants, em Barcelona, para mostrarem seu repúdio ao despejo e posterior demolição do Centro Social Autogestionado Can Vies, considerado um ponto de referência da cultura popular e que estava okupado há 17 anos.
Na segunda-feira passada, ao meio-dia, a Prefeitura de Barcelona desfraldou um grande dispositivo policial para desalojar o prédio. Desde então, têm-se multiplicado as manifestações de solidariedade dos vizinhos e resistência através de manifestações e revoltas de rua.
Durante toda a manhã e à tarde desta terça-feira, e pela segunda noite consecutiva, manifestantes voltaram a montar barricadas nas ruas e incendiar contêineres de lixo.
Um grupo de manifestantes incendiou a escavadeira que estava sendo usada para derrubar o Centro. Também foram queimados vários contêineres de lixo da praça e da rua de Sants, que forçaram o bloqueio do trânsito. Uma unidade móvel da televisão catalã TV3 também foi queimada.
Antes dos incidentes, cerca de 500 pessoas estavam se manifestando em um protesto contra o desalojo e demolição do Can Vies com a cumplicidade de dezenas de vizinhos que estavam nas varandas com panelas e aplaudindo.
Aos gritos de “Se tocam Can Vies tocam em todos nós” ou “Bairro combativo”, os manifestantes caminharam pelas ruas do bairro sob o olhar atento de vários agentes policiais, que em seguida investiram contra eles causando ferimentos graves em algumas pessoas, que tiveram que ser hospitalizadas.
Estão sendo convocados para o dia de hoje (28 de maio) vários protestos em diferentes bairros de Barcelona e outras cidades espanholas.
Galeria de imagens:
https://www.flickr.com/photos/acampadabcnfoto/sets/72157644468303230/
Vídeo “Resistência no interior do Can Vies:
http://www.youtube.com/watch?v=KYXz46rsMe8
agência de notícias anarquistas-ana
É quase noite –
As cigarras cantam
Nas folhas escuras.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!