Ontem, 5 de junho, completou um ano da morte do jovem antifascista Clément Méric, assassinado por dois membros de um grupo nazi em Paris. A notícia de sua morte provocou um terremoto no país, com centenas de pessoas nas ruas e uma atenção midiática até então desconhecida sobre o movimento antifa. O então Ministro do Interior Manuel Valls, prometeu “lutar por todos os meios contra os grupos de extrema-direita” e pôs na ilegalidade dois dos principais grupos nazis para contentar a opinião pública.
Um ano depois constatamos que se tratava simplesmente de um gesto mais “de fachada”, já que tanto esses dois grupos concretamente (Jeunesses Nationalistes em Lyon e Jeunesses Nationalistes Révolutionnaires em Paris) seguem operando sem nenhum tipo de problema; por exemplo, no passado 17 de fevereiro dois menores foram apunhalados em pleno centro de Lyon por 6 nazis e no próximo 7 de junho organizam na mesma cidade um ato em solidariedade com os assassinos de Clément e pela tarde-noite um torneio de MMA (impulsionado a partir da seção Blood&Honour France e com o apoio da organização internacional nazi White Rex).
O movimento antifascista compreende perfeitamente que a única forma de lutar contra os partidos e grupos de extrema-direita é o combate ideológico, a neutralização da propaganda fascista e a oposição a seus atos, no caso dos partidos “institucionais” como o FN [Frente Nacionalista] e a ação direta, a denúncia e a vigilância antifascista no caso dos grupos nazis.
Neste último ano multiplicaram-se os contatos entre os diferentes grupos e o resultado começa a ser visível, como por exemplo nos atos deste fim de semana. Realizaram-se desde quarta-feira (4 de junho) várias concentrações de solidariedade (em Lile, Lyon…) e o próximo sábado se espera que na manifestação de Paris participem entre 5.000 e 8.000 antifascistas vindos de toda França. Ademais do ato central na capital, haverá manifestações e concentrações em dezenas de cidades.
O objetivo com estas mobilizações está muito claro: demonstrar que o movimento antifascista não esquece aquele 5 de junho de 2013 e que a luta continua e continuará com mais força ainda por Clément, por Pavlos, por Carlos e por todos os camaradas assassinados por suas ideias antifascistas.
Fonte: La Haine
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!