Desde o CSO “La Traba” queremos comunicar que recebemos uma carta de aviso de desalojo, que se efetivará no dia 22 de julho às 12h, ordem efetuada por via jurídica, e assim mesmo enfatizar que não recuaremos na luta, desde este mesmo centro social, contra os contínuos ataques do Estado capitalista que vimos sofrendo e que tem como objetivo todo espaço livre de seu tóxico sistema. Estamos já há 7 anos trabalhando por e para o bairro, por e para os vizinhos trabalhadores dentro do distrito de Arganzuela, na construção e manutenção de um espaço intercultural, um espaço político e social livre de seu pútrido sistema.
Como em tantas outras ocasiões, nos identifica em dita carta como “os ignorados ocupantes”. Temos de dizer que se equivocam, pois somos ‘a casa de e para o povoado’, e temos tanto atrás como na nossa frente, um percurso longo e cheio de vitórias, em luta contra o Estado. “La Traba” é um espaço aberto, autogestionado, multicultural e anticapitalista, onde se realizam trabalhos com fins puramente sociais.
Nele pode se fazer atividades, sempre gratuitas e a disposição de todos, em áreas como: o ginásio esportivo; o parque coberto de bike BMX, que ademais é um dos maiores do país; o espaço para dançar e organizar sessões de break dance, o local de ensaio e gravação, onde grupos de jovens criam, gravam e editam suas próprias canções, aprendendo de forma gratuita e comprometida; e nele se conta ademais com um grupo de teatro, uma associação de baile folclórico boliviano que aposta na convivência intercultural e coletivo de audiovisuais onde se desenvolve todo tipo de trabalho cinematográfico.
Se desenvolve igualmente uma oficina de desobediência econômica para por em prática a objeção fiscal e a organização de insolventes e devedores; e um grande etc…
Em vista de que, faz um tempo nesta parte, se tem implementado um processo de desmantelamento de espaços ocupados como “La Escuela Taller” (onde chegaram a entrar nas primeiras horas da manhã, arremetendo contra todos em seu caminho, com a única desculpa de saber quem habitava o tal centro), e valorizando o alto nível de repressão que sofrem e o que representam para o Estado, não podemos nem deixaremos que este contínuo desastre e esta pressão contra os CSO e as atividades que neles se desenvolvem nos obrigue a rendição na luta, pois estes tem um papel fundamental, como dar cobertura a todo tipo de atividades de ócio e multiculturais ou servir a plataformas e organizações políticas e sociais como ferramenta de trabalho para a autogestão e organização.
É de vital importância que os espaços liberados tenham papel e trabalhem dia a dia, e por isso, todos e cada um dos dias, se trabalha por e para a resistência de “La Traba”, pois constitui um lugar imprescindível para o desenvolvimento de múltiplas atividades, e isso representa um fim em si mesmo: o trabalhar unidos para criar e reforçar esse tecido social que tão importante e tão necessário é contra este pútrido sistema.
Basta já de desalojos e desapropriações. Defendamos os espaços liberados.
CSO “La Traba”, 50 anos mais!
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
conversa de amigos
de vez em quando meu cão
busca um carinho
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!