O Capital transnacional e o Estado grego planejaram a instalação de sete parques eólicos no Monte Vermio (norte da Grécia), com uma capacidade maior que a do conjunto dos parques eólicos que existem na Grécia atualmente. O grupo anarquista de Berea Baruti (Pólvora) realizou duas ações contra este projeto faraônico: em 17 de maio em Berea e em 25 de maio em Seli. Na sexta-feira, 13 de junho, na cidade de Berea acontecerá um concerto contra este projeto. A seguir, publicamos o texto do cartaz de convocação para este evento, e o texto distribuído nos dois eventos anteriores.
O texto do cartaz:
Nenhum aerogerador nem em Vermio nem em nenhum lugar.
A exploração e a barbárie são sua civilização.
Vermio SOS, Cut tha crap ao vivo, 13 de junho, às 19h, no espaço libertário de Berea
Dinos Sadikis, Mitic Threesome, Permanent.
Vermio SOS, Grupo anarquista Baruti (Pólvora).
O texto distribuído:
Uma vez mais, empresas e Estado, os mecanismos de acumulação “dos de cima”, vestidos com um manto verde do desenvolvimento, tentam saquear a natureza. Este é o objetivo do projeto faraônico de instalação de 155 aerogeradores no Monte Vermio, no norte do território do Estado grego.
O projeto inútil e destrutivo da empresa “Eolikí Vermíu” (filial de “Acciona-Energía SA”) prevê a instalação no Monte Vermio de sete parques eólicos com uma capacidade total de 465MW, mais que a do conjunto dos aerogeradores que existem no país na atualidade.
Os aerogeradores em uma escala tão grande são inúteis, e sobretudo em uma zona em que não sopram ventos fortes, e a eletricidade produzida a duras penas é suficiente para satisfazer as necessidades energéticas de alguns lugares. Estado e empresas tentam com falsas promessas de criação de postos de trabalho inexistentes, benefícios energéticos e econômicos inexistentes, e apresentando dilemas e sensibilidades ecológicas falsas querem proceder a uma obra de destruição e de brutalidade, convertendo toda uma província em lixeira e lugar de obras, com milhares de toneladas de escombros, agredindo o meio ambiente natural.
Estão comprando uma montanha inteira, sua rica flora e fauna, lugares, pessoas e consciências, estabelecendo um sistema de controle massivo de nossa vida, através do estado de cativeiro energético da sociedade, para garantir seus benefícios, e consolidar sua dominação. São os mesmos que destroem e contaminam o meio ambiente, e que constroem fábricas de produção de câncer. São os mesmos que pegam os recursos naturais, a terra, a água, o ar, para chantagear e vender ar quente.
Sua civilização é a exploração e a brutalidade. Nossa civilização é nossa luta pela dignidade, a justiça e a liberdade. Buscamos a convivência harmoniosa com a natureza, e a liberação de um sistema em que a demanda é imposta e quer que sejamos escravos, acorrentados com as correntes das necessidades consumidoras artificiais cada vez mais crescentes.
Devemos criar pequenas unidades de energia alternativa que cubram nossas necessidades diárias. Devemos determinar nós mesmos nossas necessidades, e encontrar nossas próprias soluções e maneiras de fazê-lo, respeitando a natureza e a vida, em uma sociedade de autossuficiência e solidariedade: De cada qual segundo sua capacidade; a cada qual segundo sua necessidade.
Propomos a rebelião contra o roubo da terra e de nossa vida, contra a brutalidade do Poder e a autoridade da barbárie.
Nenhum aerogerador nem em Vermio nem em nenhum lugar.
Contra o saque da natureza, lutar por terra e liberdade.
Grupo anarquista Baruti (Pólvora)
O texto em grego e castelhano:
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Na calma do lago
um bufo entre a canarana:
peixe-boi respira.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!