[A Fundação Anselmo Lorenzo coloca na rede a série completa do periódico CNT desde o nº 0 de setembro de 1976, época da reconstrução, até quase nossos dias, nº 264, de dezembro de 2000 (ver seção de Fundos documentais¹).]
Amigos e Amigas,
Como presidente da FAL me satisfaz comprovar como se estão alcançando os objetivos acordados pela Junta para cumprir com as expectativas que a CNT depositou, desde sempre, na Fundação. Neste caso, se trata de situar nas redes sociais a disposição de todo/as o/as usuário/as, a série completa do periódico CNT, desde o nº 0 de setembro de 1976, época da reconstrução, até quase nossos dias, nº 264 de dezembro de 2000.
Cumprimos desta forma a missão de divulgar a práxis anarcossindicalista, a postura e a atuação da CNT em momentos cruciais da história recente. De início, a chamada “Transição” espanhola, que foi na realidade uma pura transação: a compra institucional dos supostos representantes do povo – dirigentes do PSOE, PCE, CCOO, UGT… – para garantir a defesa e consolidação de um estado capitalista, moderno e democrático, na Espanha, após a morte do genocida general Franco.
Se forjou para isso um pacto social interclassista (Pacto de la Moncloa) tutelado pelas embaixadas dos EUA e Alemanha Ocidental – então -, que incluía uma lei de anistia para os crimes do franquismo. Este pacto cortou pela raiz tanto as aspirações revolucionárias do povo, expressas nas heroicas lutas contra a ditadura, como o mínimo anseio popular de ruptura com o regime genocida franquista.
Uma nova constituição, complemento do Pacto, consagrou dois princípios fundamentais que ainda nos mantêm reféns do capital e do estado: de uma parte, a continuidade do Regime através de um rei franquista, juramentado nos Princípios do Movimento Nacional Católico, princípio dos quais nunca abjurou, e por outro lado, a submissão a um “sistema econômico de livre mercado”, que organizava constitucionalmente, a exploração dos trabalhadores para benefício dos capitalistas franquistas, convertidos em “democratas de toda a vida”.
Logo, o periódico CNT se ocupa do futuro do sistema que mediante o engano do voto e a representatividade, e a colaboração dos sindicatos institucionais e a esquerda política, gerou novos pactos, reformas e governos que foram endurecendo e precarizando as condições de trabalho, econômicas e sociais, a vida das pessoas, enquanto aumentava em proporções vergonhosas a corrupção generalizada e a impunidade dos poderosos e os benefícios e lucros do Capital (Bancos, Grupos Empresariais…).
E assim até nossos dias, quando os brotos da rebeldia anticapitalista, revolucionários em seus métodos assembleários, autogestionários… Anônimos e coletivos, sem rosto, siglas nem líderes que corromper (15M, Gamonal, Alcazar…) são rapidamente pervertidos desde os meios de informação, prontos a promover, ainda a base de críticas, a novos salvadores do sistema que desde diferentes posições políticas, emprestam contentes, seus nomes, rostos e intenção de liderança para canalizar para a democracia a rebeldia antissistema, legitimando, uma vez mais, com a participação – essa é a chave – o poder do Estado-Capital, quando mais desacreditado se encontra.
Ao fim e ao cabo, tratamos de difundir um pensamento anarquista que coincide com o grande B. Brech quando diz: …”Não mudar de amo (nem de líder, nem de governante, nem de…) senão, não ter nenhum.”
Saúde, Amor e Revolução Social.
José Ramón Palacios
[1] http://fal.cnt.es/?q=node/579
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
pérolas de orvalho!
olho e vejo em cada gota
a minha casa-espelho
Issa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!