Notas e compilação Dostoievski.
Um dos mais controversos e violentos manifestos de toda a história. Seus inimigos foram Marx, Engels, o czar da Rússia e os serviços secretos e policiais de todo o mundo desde a sua publicação em 1869.
Em novembro 1869 um evento causou pânico em Moscou. O corpo de Ivan Ivanovich Ivanov foi encontrado no fundo de um lago. Por trás do crime escondia-se Sergei Nechayev, um jovem niilista líder de uma sociedade secreta chamada A Justiça do Povo, “um monge cruel de uma revolução desesperada – escreveu Albert Camus – cujo sonho mais evidente era fundar a ordem assassina que iria espalhar e finalmente triunfar pela divindade negra para que decidiu servir”. Mas havia mais: Nechayev não estava sozinho. Falava-se de células terroristas infiltradas nas principais cidades do país e dispostas a levar a cabo assassinatos e atentados. Mais tarde, soube-se que o misterioso Nechayev não trabalha sozinho, mas era um delegado de Mikhail Bakunin. Todos tremeram ante o “deus negro”’. Bakunin e Nechayev, contando com a chegada de uma revolução aniquiladora e higiênica, assinaram O Catecismo Revolucionário, um dos textos mais polêmicos, violentos e odiados da história, um documento que logo inspirou uma nova geração de terroristas e que, ao mesmo tempo, provocou alarme entre as autoridades policiais e entre a elite política. Pouco depois foi descoberto que Nechayev havia traído e roubado ao mesmo Bakunin, cuja amizade com o niilista lhe valeu a expulsão da Internacional. Dostoiévski, a partir desses eventos, baseou seu famoso romance Os Demônios, onde os personagens Bakunin e Nechayev aparecem.
Este livro, juntamente com o Catecismo Revolucionário, recolhe textos e anotações de Dostoiévski e reveladoras cartas de Bakunin, narra um dos episódios mais emocionantes e fantásticos do século XIX, que serviu para configurar o terrorismo moderno, as sociedades secretas políticas e as teorias da conspiração. Esta é a incrível história de Nechayev, “o primeiro terrorista” (Camus), uma “combinação esmagadora e sem paralelo de fanático, arrogante e rude” (E. H. Carr), e isso do fascínio que este despertou em Bakunin, que não hesitou em qualificá-lo como herói, conspirador profissional e crente sem Deus. E também Dostoiévski, que dedicou grande parte de sua vida lutando contra os niilistas, que descreveu como “demônios”.
La Felguera Editores, Coleção Memorias del Subsuelo. Madri 2014
320 p. Rústica 15×15 cm
ISBN 9788494218729
17.00€
lafelguera.net
agência de notícias anarquistas-ana
Venha colibri:
dentro do meu coração
já é primavera.
Urhacy Faustino
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...