Rechacemos a criminalização e perseguição dos que lutam.
A CNT quer mostrar o seu apoio e solidariedade com os companheiros Carmen e Carlos, recentemente condenados a ir para a prisão por participar de um piquete na greve de 29M de 2012. Também estendemos nossa solidariedade a todos aqueles que estão sendo reprimidos ou presos por lutar por nossos direitos como trabalhadores. Eles foram perseguidos por ter dignidade e uns valores que o Estado não aceita, já que questionam o capitalismo.
A melhor maneira de ajudar as pessoas que sofrem represálias é continuar sua luta, começar outras, nos organizar e mostrar ao sistema que a resposta dos movimentos sociais dos trabalhadores não vai parar até acabar com suas agressões, sua pilhagem dos direitos trabalhistas, seus privilégios, etc., deixando claro que vamos continuar trabalhando por uma mudança da sociedade. Temos que deixar em alto e bom som, como gritar nas ruas, que a repressão não nos assusta, e vamos enfrentá-la e sua manipulação midiática.
Nesta resposta é necessária a solidariedade e o apoio aos que sofrem represálias e a suas famílias e amigos, porque tão importante quanto a condição política é a humana.
Esta situação de assédio não é nova, nem única. Denunciar os abusos e privilégios de poder e nos organizar para conquistar os nossos direitos sempre foi combatido pelos de cima com a força de suas leis: multas, prisão, proibição de atos… ou diretamente da brutalidade: repressão policial indiscriminada, torturas, detenções seletivas, escárnio público nos meios de comunicação, etc.
Há muitos exemplos, aqui e agora, de como o Estado defende o Capital. A dois companheiros da CNT Logroño que pedem 14 anos de prisão por participar na greve do 14N de 2012; outro companheiro da CNT Sabadell pedem dois anos de prisão e pesadas multas por sua participação na greve do 29M de 2012; dois companheiros da CNT Barcelona foram presos ontem; Isma e Miguel foram presos “preventivamente” durante meses por participarem no 22M; Ana e Tamara foram condenadas a três anos de prisão por participação em um piquete em uma greve setorial em 2010; o grande número de prisões durante a defesa da okupação Can Vies… Estes são apenas alguns exemplos de como o sistema passa a defender os seus interesses, mas há mais, muitos mais.
Se queremos obter direitos trabalhistas, salários decentes, habitação, educação, saúde universal, espaços sociais e até mesmo uma revolução, não podemos vacilar nem deixar que triunfe suas políticas do medo. Devemos ser corajosos e manter nossos compromissos de luta e nossas ideias. Contra os seus métodos de controle, a nossa convicção na luta.
Fazemos um apelo para a participação nos atos de apoio a Carmen e Carlos, no dia 28 de junho.
http://stoprepresiongranada.wordpress.com/2014/06/17/28j-convoca-en-tu-c…
Nos vemos na rua. Que se estenda a revolta e se propague o protesto!
Saúde e liberdade.
Secretariado Permanente do Comitê Confederal da CNT
agência de notícias anarquistas-ana
a cigarra anuncia
o incêndio de uma rosa
vermelhíssima
Dalton Trevisan
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!