Mais de 4.500 presos – que estavam até ontem, 1º de julho, em greve de fome há nove dias, em quase todas as prisões do território do Estado grego contra a criação de “prisões de segurança máxima” – suspenderam a sua greve. O comunicado que emitiram (ver abaixo) por um lado faz referência à propostas para melhorar o projeto de lei do Ministério da “Justiça” e da suspensão da greve de fome e, por outro lado, alertam que não colocam fim à suas mobilizações.
As alterações introduzidas pelo Ministério são:
– Os presos nessas prisões serão aqueles que foram condenados a mais de 12 anos de prisão. Este limite no projeto de lei era de 10 anos. Nesta categoria estão incluídos todos os prisioneiros condenados por envolvimento em grupos de luta armada, ou seja, esta modificação não os afeta, porque suas penas são muito maiores.
– A duração da sua detenção inicial nestas prisões é reduzida (de quatro) em três anos. No entanto, nestes três anos podem ser dadas várias prorrogações de dois anos cada uma.
– Se reduz a cinco anos de detenção nestas prisões para os condenados por envolvimento em “gangues criminosas” – o projeto de lei inicial previa dez anos de detenção para eles. Assinalamos que os presos políticos não estão nesta categoria, uma vez que foram processados e condenados com a chamada “lei antiterrorista”. Estes prisioneiros estarão pelo menos dez anos presos nos calabouços de segurança máxima. Nesses dez anos de prisão, no entanto, podem ser dadas para eles várias prorrogações consecutivas de dois anos cada uma.
O comunicado do comitê de luta dos prisioneiros que suspenderam a greve de fome:
Hoje, terça-feira, 1º de julho, suspendemos a greve de fome massiva em todo o país, que havíamos começado contra o projeto de lei sobre as prisões de segurança máxima. Suspendemos a greve de fome, mas não acabamos com a nossa mobilização. Pelo contrário, recarregamos as forças e advertimos o Ministério que não vamos permitir o funcionamento do Guantánamo grego nem na prisão de Domokós ou em qualquer outro lugar.
Continuamos ressabiados ante as propostas de melhoria do Ministério, que serão apresentadas nesta quinta-feira, 3 de julho, e estamos prontos, se necessário, para lutar com todos os meios para cancelar o projeto de lei monstruoso sobre a criação dessas prisões de máxima segurança. Sabemos que nada iria melhorar se não fizéssemos a greve de fome.
No entanto, o Ministério tem que saber que, contra o silêncio organizado imposto pelos meios de comunicação de massa, escondendo a greve de fome mais massiva que já foi feita no país (4.500 prisioneiros em greve de fome), se for necessário, passaremos para formas de resistência mais combativas. Para bom entendedor, meia palavra basta.
O texto em castelhano:
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