[Espanha] Livro: Um reflexo da sociedade. Crônica de uma experiência nas prisões da democracia

Ainda me lembro da tarde que estava no escritório e o telefone tocou, era um tal Xavi, advogado da CNT. Perguntou se poderia acompanhá-lo ao Centro Penitenciário de Brians, para visitar o preso Amadeu Casellas Ramón. Honestamente, não tinha ideia de quem ele era, então, depois de concordar em acompanhá-lo, procurei informações sobre o referido prisioneiro.

Nunca imaginei que, graças a esse pedido e ao próprio Amadeu poderia descobrir as irregularidades que ocorrem diariamente nas prisões. Amadeu Casellas teve uma pena total de 34 anos, 28 meses e 3 dias, condenação que, com base no próprio artigo 76 do Código Penal vigente, não poderia exceder os 20 anos, visto que nenhuma de suas condenações excedia a pena de prisão de 20 anos.

Artigo 76 do Código Penal Vigente

1 […] o máximo de cumprimento efetivo da condenação do culpado não pode exceder três vezes o tempo pelo qual se imponha a mais severa das penas incorridas, declarando extintas as que procedam, desde que as já impostas cubram o dito máximo, que não poderão exceder 20 anos. Excepcionalmente, este limite será: a) 25 anos, quando condenado por dois ou mais delitos e algum deles esteja castigado por lei com pena de prisão de até 20 anos.

Este livro mostra o testemunho real de um preso privado de liberdade durante mais de 25 anos, enquanto reflete como é a realidade das prisões e o sistema penitenciário deste país.

Maite Hernández Nadal

“A única coisa que me arrependo de tudo que fiz na minha vida, é o susto que eu posso ter dado nos funcionários e clientes em cada banco ou caixa de poupança, quando entrava armado de pistola para levar o dinheiro. A todos eles, peço desculpas.”

O Grilo Anarquista, Badalona 2014
342 p. Rústica 20×13 cm
12 Euros

Notícia relacionada:

http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2014/07/01/espanha-amadeu-casellas-as-mortes-por-overdose-e-os-suicidios-nos-carceres-sao-induzidos-pelo-estado/

agência de notícias anarquistas-ana

não é você
que na enorme vaga
navega magra?

Marland

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