Pretende ser uma caixa de ressonância dos movimentos sociais e uma abertura à cidadania.
Reus recupera, a partir deste sábado, 19 de julho, o Ateneu Libertário, onze anos após o fechamento de suas portas. O faz com o desafio de ser uma referência das ideias libertárias, e partindo da confluência de diferentes correntes ideológicas. O novo espaço, situado a poucos metros da “Plaza de la Libertad”, pretende organizar diferentes atividades focadas na reivindicação social e com uma atmosfera educativa e cultural. Neste sentido, se preparará uma sala de estudo e biblioteca, aos domingos, quando a biblioteca pública está fechada.
O espaço foi impulsionado por um grupo de pessoas provenientes de diferentes associações, para a difusão das ideias libertárias, frente ao sistema social existente. Um de seus membros é Joan Basora, que considera que, além do caráter reivindicativo que o define, o Ateneu é necessário em “um sentido autoeducativo”, e para “conhecer alternativas de vida e formas diferentes de pensar”. O espaço estará aberto sempre que se realizem atividades como o cine fórum, palestras, ou a sala de estudos aos domingos, e está financiado pelas contribuições dos sócios, “ainda que não seja necessário sê-lo, para vir”, comenta Basora. O novo local ‘libertário’ se encontra situado na Rua de Josep Anselm Clavé, 5.
A reinauguração do Ateneu começou pouco antes das doze da manhã, com um mercado de troca de roupas e um concerto/vermute com a cantora Silvia Tomáz e Juanito Pikete. Uma comida, e uma série de atividades relacionadas com a música e a poesia complementaram a jornada festiva. O desafio do Ateneu Libertário é voltar a ser uma referência em muitos âmbitos, como foi o primeiro Ateneu, que abriu suas portas no outono de 1984 e se converteu em uma referência no âmbito das assembleias no início dos anos 90.
Então, tratava-se de um coletivo que servia de acolhida a muitas outras associações como o Coletivo Feminista Itzá, a Assembleia de Insubmissos, a CGT e a CNT ou a Associação Reggus, entre outros. Na vertente cultural, a liderança do Ateneu foi destacada. Desde o ano de 1982 até 2000 editaram a revista “La Letra A”, uma publicação com eco em todo o Estado espanhol. Grupos como Kortatu, La Polla Records, Celtas Cortos, Habeas Corpus ou Dr. Calypso, atuaram no La Palma de Reus, com a organização do mesmo Ateneu. A chama do Ateneu foi se apagando devido a diferenças ideológicas que com os anos se faziam cada vez mais notórias. Curiosamente foi uma chama a que terminou em 2002, com a vida do espaço cultural e político. Um incêndio no antigo local, na rua de San Vicente, que havia sido praticamente abandonado, significou o fim do Ateneu.
Fonte e mais fotos:
http://reusdigital.cat/noticies/lateneu-llibertari-torna-la-revolta-reus
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Rastros de vento,
escuridão de brasas,
um salto suave.
Soares Feitosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!