Noisebridge não fechou nem uma única vez em seus sete anos de história. Mas fechou em julho para readequar o espaço. O espaço também está arrecadando fundos para fazer reparo de equipamentos.
Espaços Hackerativistas têm o hábito de coletar lixo; lixo precioso que representa ideias loucas, sonhos e curiosidades dos membros do espaço. Mas quando a pilha de lixo é tão grande que ameaça tomar conta do quarto, é hora de limpar a casa.
O Espaço Hackerativista Noisebridge no distrito da Missão de São Francisco atravessou uma reestruturação necessária em julho, quando fechou pela primeira vez desde sua fundação em 2007. Os membros passaram um mês inteiro se livrando de equipamentos velhos e deixando o local reorganizado. A organização está pedindo US$25.000 no Indiegogo¹ para pagar pelos reparos elétricos e outras modernizações para o edifício, arrumando equipamentos e construindo um espaço A/V.
“Nós aproveitamos a oportunidade para fechar no mês de julho e deixar tudo em ótimo estado, trabalhar na nossa infraestrutura e livrar-nos de todas as coisas que têm sido coletadas aqui”, disse o fundador da Noisebridge, Mitch Altman, em uma entrevista. “Nós adoraríamos continuar [funcionando] por mais sete anos e ainda além, com uma quantidade de dinheiro que nos possibilitará fazer isso”.
Altman disse que Noisebridge também teve de recuar sua cozinha para a área do café, visto que o edifício não é apropriado para uma cozinha completa. Membros refizeram o chão do espaço hackerativista e atualizaram as luzes. No geral, parece um espaço novo e melhor.
A reorganização foi motivada por um pouco de drama. Enquanto o Noisebridge se classifica como um espaço anarquista gerido por todos os seus membros, pessoas são banidas de tempos em tempos. Quando passei diversos meses trabalhando no espaço no último ano, eu testemunhei suficientes argumentos, políticas, uso questionável dos recursos e comportamento inapropriado em relação às mulheres. As pessoas foram expulsas por seu comportamento e por utilizar um espaço hackerativista como uma casa ao invés de utilizar como local de trabalho.
Após o Noisebridge expulsar um membro recentemente, ele foi até a cidade e reclamou sobre uma violação de conduta, disse Altman. Um inspetor então visitou o espaço. Apesar do inspetor não ter encontrado a violação denunciada, ele informou que a fiação elétrica do Noisebridge estava comprometida. Noisebridge desde então contratou um eletricista para consertar a fiação.
Membros e visitantes (o espaço é aberto para todas e todos) são bem-vindos de volta hoje na pequena reinauguração do Noisebridge. O espaço irá oferecer 7 dias de aulas e atividades dando sequência a grande reabertura no dia 15 de agosto. Logo após, as atividades retornam a sua normalidade, com uma única regra:
“Nossa única regra é ser excelente um com o outro”, disse Altman.
[1] https://www.indiegogo.com/projects/noisebridge-reboot-2014
Tradução > Malobeo
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agência de notícias anarquistas-ana
Sentado e sorrindo,
que faz o menino cego
na Festa das Flores?
Izo Goldman
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!