Ativistas pró-Palestina da baía de São Francisco declararam sua primeira vitória ao tentar impedir o descarregamento de uma embarcação de carga israelense no Porto de Oakland. Planejando originalmente comparecer às 5h da madrugada de sábado [2 de agosto] para bloquear o navio, as e os ativistas divulgaram na noite de ontem que o horário de encontro havia mudado para as 15h, visto que o navio havia sofrido um atrasado para chegar em Oakland em uma tentativa aparente de evitar o protesto.
O ativista Mohamed Shehk contou à “Electronic Intifada” (Intifada Eletrônica) que os organizadores do protesto tem monitorado a embarcação Zim Piraeus, e descobriram ontem a noite que a mesma havia parado antes de chegar no seu destino, em Oakland, passando a noite no mar.
“Este atraso é visto por nós como uma vitória. Mostra o quanto a Zim está tentando evitar nosso protesto, e mostra o quão efetivo podemos ser quando conseguimos nos organizar para este tipo de ação”, conta Shehk.
“Zim Integrated Shipping Services” (Serviços de Navegação Integrados Zim) é a linha israelense internacional de navegação marítima.
Um navio da Linha Zim ancora todas as sextas-feiras à noite, em torno das 21h, no porto de Oakland para um descarregamento pela manhã. Ativistas têm trabalhado com membros da seção local do sindicato “International Longshoremen’s and Warehousemen’s Union” (ILWU, Sindicato Internacional dos Estivadores e Almoxarifes), e esperam que os trabalhadores do porto concordem em não descarregar o carregamento israelense.
É de extrema importância também o fato de que o ILWU Local 10 está negociando atualmente um novo contrato, tendo expirado o anterior no dia 1º de julho de 2014. Isso significa que o ILWU Local 10 poderia se engajar potencialmente em uma greve sem quebrar as regras de um contrato.
Em 2010, quando ativistas obtiveram sucesso em impedir o descarregamento de um navio da Linha Zim em um ato histórico, a Local 10 confiou no árbitro do porto para declarar as condições de trabalho perigosas. De acordo com o sindicalista Clarence Thomas, não há atualmente linguagem contratual que permitiria a um árbitro ser chamado: “Eu espero que a base respeite a linha de piquete, como temos feito com os piquetes desde 1930”.
ILWU tem uma longa história de recusar a carregar navios de outros países engajados em graves violações de direitos humanos. Nos anos 30, os trabalhadores do cais da Costa Oeste se recusaram a carregar e descarregar navios pertencentes à Itália após a invasão da Etiópia, e ao Japão após ter invadido a Manchúria.
Em 1978 e 1980, a ILWU recusou a carregar um navio de carga em direção ao Chile e El Salvador respectivamente. E em 1984, o sindicato se recusou a descarregar um navio Sul-Africano por 11 dias consecutivos.
O terminal no qual estão as docas da Zim Linhas pertence à “Stevedoring Services of America” – que estabeleceu prolongadas negociações com a ILWU Local 10 desde o mês de maio.
Falando como um membro da base da ILWU Local 10, Thomas enfatizou que se organizar nos portos em solidariedade aos palestinos é essencial visto que Israel impede qualquer oportunidade para que os palestinos participem no comércio internacional através de seus portos.
“Como um estivador, eu sei o quão crítico o comércio internacional é para a economia. Eu considero ser uma ação apropriada contra aqueles que impedem a autodeterminação do povo palestino, para mostrar solidariedade com as pessoas de Gaza”.
por Charlotte Silver
Electronic Intifida
Tradução > Malobeo
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agência de notícias anarquistas-ana
Numa cachoeira
folia das gotas do rio.
São águas no cio.
Marcelo Santos Silvério
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!