[Sai às ruas um novo número de O Sol Ácrata, em seu 28º número, correspondente aos meses de agosto e setembro de 2014.]
Estes meses foram carregados de paranoia social. As já alarmantes reportagens da imprensa sobre bombas, organizações antissociais, ações coordenadas e insegurança social, que buscavam só semear o terror na população, a detonação de um artefato explosivo em 8 de setembro passado no Metrô de Santiago, veio a ser a cereja no bolo desta campanha de terror patrocinada pelo Sr. Estado em cumplicidade com seus sequazes da imprensa e dos partidos políticos. Em vista disto, e devido a que os olhares de todos apontaram para o anarquismo, nos vimos abrigados a mudar certos pontos de nosso número, o qual não prejudicou a saída a tempo do periódico. Os pontos mudados podem se observar principalmente na página inicial e no editorial, mediante os quais demostramos nossa postura como grupo anarquista (não como postura geral do anarquismo) com respeito aos fatos de 8-S.
Apesar da importância deste fato (nos vimos na obrigação moral de deslegitimar as mentiras, enganos e fundamentos sem critérios que a imprensa burguesa realizou contra o anarquismo), abordamos outras temáticas em nosso número. A construção do Galpão de Concentrado de Cobre no porto de Antofagasta, é um perigo latente para toda a população existente nesta baía; é por isto que redigimos um artigo onde nos posicionamos contrários ao projeto pelas razões que todos conhecem, acrescentando que somos contrários à mega mineradora em toda sua expressão, por sua destruidora ação contra o ecossistema do Deserto Grande.
Outras das temáticas abordadas têm como eixo o amor livre. As construções geradas em torno dele, se deslizam em um artigo escrito por um de nossos companheiros do grupo. Assim mesmo, destacamos a coluna “fantasias de ontem e hoje”, contingente à realidade atual, onde a imprensa burguesa, além de criminalizar o anarquismo, se encarrega de caricaturiza-lo. Outro companheiro do grupo, é quem se encontra encarregado de dita seção. Variados textos, como a continuação da experiência de Francisco Pezoa, como também o olhar de nosso grupo para o conflito em Gaza, são eixos desta edição.
Em um mês como este, não podemos deixar de lado a lembrança. Faz já 41 anos que o fascismo golpeou a porta da região chilena e se impôs pela força, arrastando com sua onda reacionária a todos os movimentos revolucionários de então. Ainda que o marxismo foi o principal afetado pela Ditadura, nós, os anarquistas também temos companheiros e companheiras caídos naqueles obscuros anos. Já se passaram 40 anos desde que um 18 de setembro de 1974 morrera assassinada Flora Sanhueza, companheira anarquista morta pelas torturas recebidas pelos agentes de Pinochet. Nossa saudação afetuosa a ela, onde quer que esteja. Também recordamos a Claudia López, assassinada pela polícia em uma barricada de La Pincoya em Santiago num 11 de setembro de 1998. Sua morte nos recorda que tanto as ditaduras como as democracias, se consolidam no poder com base em prisões, repressões e assassinatos. Mediante o império do terror, o estado consolida seu poder. Os últimos fatos nos recordam isto.
Sem mais que acrescentar, convidamos a lerem este número, e que a burguesia com seu império de miséria se derrube ante o cálido sol da liberdade. Viva a anarquia!
Para ler e baixar:
Periódico Anarquista El Sol Ácrata
Antofagasta, região chilena.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
A cigarra canta
agarrada na árvore
Parece feliz.
Antoniel Belém – 12 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!